sábado, 14 de agosto de 2010

TECIDOS E ÓRGÃOS LINFÓIDES

TECIDOS E ÓRGÃOS LINFÓIDES

1 - definição
    No corpo humano existem diversos locais onde há produção de células linfóides maduras que vão agir no combate a agressores externos.
  Alguns órgãos linfóides se encontram interpostos entre vasos sangüíneos e vão dar origem a células brancas na corrente sangüínea. Outros estão entre vasos linfáticos, e vão “filtrar” a linfa e combater antígenos que chegam até eles por essa via. Outros ainda podem ser encontrados fazendo parte da parede de outros órgãos, ou espalhados pela sua mucosa .
Os tecidos linfóides são classificados em primários e secundários. Os primários representam o local onde ocorrem asprincipais fases de amadurecimento dos linfócitos. O timo e a medula óssea são tecidos primários, pois é o local onde amadurecem o linfócitos T e B respectivamente. Os tecidos primários não formam células ativas na resposta imune, formam até o estágio de pro-linfócitos.
Os tecidos linfóides secundários são os que efetivamente participam da resposta imune, seja ela humoral  ou celular. As células presentes nesses tecidos secundários tiveram origem nos tecidos primários, que migraram pela circulação e atingiram o tecido. Neles estão presentes os nodos linfáticos difusos, ou encapsulados como os linfonodos, as placas de Peyer, tonsilas   baço e medula óssea. Devemos aqui destacar a medula óssea, que é órgão primários e secundário ao mesmo tempo.
Na figura 2.4 observamos os principais órgãos envolvidos com o sistema imune e a sua localização anatômica.
Iremos agora descrever cada órgão do sistema imune e ver a importância deste na resposta imune.
 2 -  Órgãos linfóides primários
                    2.1 - Timo
O timo é um órgão linfático que se localiza no tórax, anterior ao coração. É dividido em dois lobos, o direito e o esquerdo (fig 2.5). É reverstido por uma cápsula fibrosa, que histologicamente vai penetrando pelo parênquima tímico e formando os septos conjuntivos que vai dividindo os lobos em inúmeros lóbulos. Sobre esta cápsula aparece um aglomerado de adipócitos que forma o tecido adiposo extratímico.
Os lóbulos tímicos pode ser evidenciado duas zonas, a zona medular e a zona cortical (fig 2.6) . A zona cortical, que é a mais periférica, apresenta os linfócitos T em maturação e a zona medular possui tecido conjuntivo frouxo e células reticulares epiteliais. Estas células reticulares epiteliais possuem prolongamentos que envolvem grupos de linfócitos em diferenciação na cortical e também formam estruturas de células concêntricas denominadas de corpúsculo de Hassal, cujo centro pode calcificar-se devido a morte de células centrais.
O timo se origina no embrião a partir da 3a bolsa faríngea de cada lado do corpo. Nesta bolsa se formam tubos de células epiteliais que vão crescendo em forma de cordões para baixo até o tórax. Os cordões perdem a comunicação com sua origem e se transformam na medular do timo. Cada cordão representa a medular dos lóbulos de cada lobo (direito e o esquerdo). As células reticulares emitem prolongamentos ( células reticulares epiteliais) e formam os  septos, corpúsculos de Hassal e as áreas onde vão ser ocupadas pelos linfócitos T em maturação na cortical. Depois do desenvolvimento do estroma do órgão, surgem as células fontes que vieram do fígado e do baço do embrião. Começa a partir daí a formação de pro-linfócitos T. Esta é a fase hepatoesplenicotímico, e esta presente o segundo mês de vida intra-uterina.
Entre os lóbulos tímicos aparecem diversos espaços chamados espaços intralobulares. Neste espaços passam vasos sangüíneos e também vaso linfáticos eferentes. São encontrados poucos vasos linfáticos, sendo todos eferentes. As artérias chegam ao órgão e ramificam-se em arteríolas e capilares no parênquima cortical. Esse capilares terminam na medular de cada lóbulo onde se originam as vasos venosos do timo  e os vasos linfáticos. Estes últimos penetram nos espaços interlobulares e saem pela cápsula do timo. É importante destacar aqui a barreira hematotímica presente somente na cortical dos lóbulos. Esta barreira se refere a pouca permeabilidade dos capilares aos linfócitos da cortical. Estes capilares possuem fortes junções oclusivas entre as células endoteliais e impede que os linfócitos ainda em processo maturação saem para o sangue. Quando os linfócitos atingem a fase de pro-linfócitos ou ainda linfócitos maduros não ativos, eles caem na medular onde penetram nas vênulas (estas não tem barreira) indo para veias, ou vasos eferentes linfáticos e saem do órgão em direção aos tecidos linfóides secundários.
O timo é um órgão que no recém-nascido esta no seu maior tamanho. Ele chega a pesar 30 gramas e cresce até a puberdade. A partir da puberdade o timo começa a involuir até chegar a 10 gramas no idoso. No recém nascido, o timo é grande devido ao desenvolvimento dos órgãos imune secundários, pois esses possuem áreas timo-dependentes que tem que ser preenchidas pelos linfócitos T.  Na puberdade essas áreas já estão preenchidas, havendo apenas as substituições de lintócitos que saem pelos novos que vem do timo.
A função do timo é promover a maturação dos linfócitos T que vieram da medula óssea até o estágio de pro-linfócitos que vão para os outros tecidos linfóides, onde se tornam ativos para a resposta imune. Porém, o timo também dá origem a linfócitos T maduros que vão fazer o reconhecimento do organismo para saber identificar o que é material estranho ou  próprio do organismo. Outra função importante do timo é a produção de fatores de desenvolvimento e proliferação de linfócitos T, como a timosina alfa, timopoetina, timulina e o fator tímico humoral. Estes fatores vão agir no próprio timico ( hormônios parácrinos) ou agir nos tecidos secundários (hormônios endócrinos), onde estimulam a maturação completa dos linfócitos.
Se houver uma timectomia no indivíduo, haverá uma deficiência de linfócitos T no organismo, e ausência das áreas timo-dependentes nos órgãos secundários.
                2.2 - Medula Óssea
Neste ítem iremos considerar a medula óssea como órgão primário e posteriormente no ítem  3.2 descreveremos a medula óssea como órgão secundário.
A medula óssea  é constituída por céulas reticulares, associadas as fibras reticulares, que juntos dão o aspecto esponjoso da medul e tem a função sustentadora e indispensável ao desenvolvimento das células que participam da hemopoese. No meio deste tecido reticular encontramos uma enorme quantidade de capilares sanguïneos sinusóides, com grandes poros que permite a saída de células maduras.
Na tecido reticular encontramos diversos tipos de proteínas de adesão, sendo a hemonectina a mais importante para segurar as células em processo de maturação. A liberação das células para o sangue é feito por estímulos (fatores estimulatórios de liberação), sendo o componente C3b do complemento, glicocorticóides, androgénios e algumas toxinas bacterians os fatores mais significantes.
A medula realiza a hemocitopoese e armazena ferro para a síntese de hemoglobina, formando hemácias e leucócitos para o sangue no terceiro mês vida, com a ossificação da clavícula do embrião. N adulto, os ossos longos e a pelve são ossos que efetivamente produzem sangue.
A medula como órgão linfóides primário é capaz de  formar pro-linfócitos  que vem das células totipotentes (leia capítulo I). O Pro-linfócito não é capaz de realizar uma resposta imune, então se dirige aos órgão secundários para se desenvolver. A célula multipotente mielóide e linfoblastos T irão ao timo para formar linfócitos T.
3 - Órgão linfóides secundários
                3.1 - Linfonodos
Linfonodos são órgãos pequenos em forma de feijão que aparecem  no meio do trajeto de vasos linfáticos. Normalmente estão agrupados na superfície e na profundidade nas partes proximais dos membros, como nas axilas, na região inguinal, no pescoço... Também encontramos linfonodo ao redor de grandes vasos do organismo. Eles  “filtram” a linfa que chega até eles, e removem bactérias, vírus, restos celulares, etc.
O sistema linfático consiste em um conjunto de vasos que possuem válvulas e se distribuem por todo o corpo, com exceção de alguns órgãos como  o cérebro, com a função de drenar  o líquido intersticial que não retornou as vênulas, e coletar  também restos celulares e microorganismo que estão no tecido. Os vasos linfático do corpo acabam desembocando em dois ductos principais: o ducto torácico e o ducto linfático direito, que desembocam na  na maioria das vezes, na  junção da jugular externa com a veia subclávia.
 
 

  Este esquema nos mostra a circulação dos linfócitos através da corrente sangüínea e também na linfática. Em vermelho estão as artérias, em azul as veias e em cinza os vasos linfático. Veja que o baço não tem conecção com o sistema linfático.
 
 
    Esses órgãos são revestidos de uma cápsula de tecidos conjuntivo, que emite ramos internos, dividindo os linfonodos em lóbulos incompletos.
    Os linfonodos  ( figura abaixo) são órgãos com uma parte convexa, onde chegam os vasos linfáticos (aferentes) e uma face côncava, que é o hilo. No hilo chega uma artéria nutridora e sai uma  veia e um vaso linfático eferente, que se continua o seu  trajeto.
Na figura abaixo, está esquematizando a estrutura interna dos linfonodos, e também as divisões histológicas de cada parte. Dividimos o parênquima do órgão em córtex e medula.

            Esta figura ilustra a estrutura interna de um linfonodo cortado transversalmente. A parte côncova (hilo)   sai  uma  veia que drena o sangue dos linfodos e um vasos linfático eferente. Os canais brancos (seios capsulares) representam o local onde circula a linfa, que drenam para os seios peritrabeculares ( são os canais ao redor dos septos) correndo em direção à medular, onde se originam os vasos eferentes. Uma artéria também entra neste local para nutrir os tecidos dos linfonodos.  Observe o aspecto reticular (trabecular) da  zona medular,e a pobreza de células linfóides. Na cortical aparecem nódulos em aspecto tridimensional, e à direita no alto da figura é mostrado de perto um nódulo separado, no qual se pode  observar uma região mais escura periférica e a a região mais clara (centro germinativo) no centro.
 
 
    No córtex encontramos nódulos linfáticos, ricos em linfócitos B em processo de maturação. A morfologia desses nódulos é interessante: eles possuem um centro germinativo mais claro e uma zona cortical mais densa. Isto ocorre porque os linfócitos B do centro germinativo estão no estágio inicial da maturação, ou seja, são ainda pro-linfócitos. Já os linfócitos B da zona periférica estão mais maduros, com a cromatina mais densa. Vários septos dividem  o córtex em lóbulos incompletos. Ao lado desses septos aparecem os seios peritrabeculares. É através deste seio que a linfa entra em contato direto com os lóbulos e atinge a medular. A região cortical  fica vazia  nos linfonodos em indivíduos com deficiência de linfócitos B.
E os linfócitos T, onde estão? Os linfócitos T são encontrados numa região que fica entre o córtex e a medular, chamada de região paracortical ..   Neste local , os pro-linfócitos T viram linfócitos T maduros e capazes de realizar a resposta imune. Esta região está ausente quando o indivíduo é submetido a  uma timectomia ou apresenta a síndrome de Di George.
Os linfonodos estão completamente “vazios” de células linfóides em indivíduos com imunodeficiência combinada grave, pois ocorre uma ausência generalizada de linfócitos B e T.
A medular possui um aspecto trabecular e se citua no centro do órgão. Nele encontramos numerosos macrófagos, plasmóticos disseminados e linfócitos maduros que estão “prontos” para  sair do linfonodo e se dirigir ao local de ação. As células maduras saem pelas veias e v. linfáticos eferentes e atingem a circulação sangúínea e linfática.
Abaixo da cápsula de tecido conjuntivo, que cobre o  órgão notamos um espaço chamado de seio subcapsular, onde corre a linfa. Os vasos linfáticos aferentes desembocam ai, sendo o primeiro local  de contato do linfonodo com a linfa. Por esse fato é importante notar que aparecem células apresentadoras de antígenos chamadas de células dendríticas (dendríticas porque tem uma aspecto ramificado) que pertencem ao SMF. Essas células fagocitam os antígenos que chegam pela linfa, e vão apresentar seus epítopos para os linfócitos B ou T maduros que estão no parênquima do órgão. Desenvolve-se  então uma resposta imune. Os linfócitos ativados proliferam-se e atacam os antígeno que chegam ao órgão. Os   Linfócitos também saem do órgão para a linfa e vão para a circulação sangüínea se dirigir ao local de ação.
A resposta imune que se desenvolve nos linfonodos, dependendo do antígeno, faz com que os linfonodos aumentem de tamanho, devido à grande proliferação dos linfócitos. Este processo de hipertrofia dos linfonodos é chamado de adenite, ou linfadenite. Quando o processo é bem patológico e específico, o linfonodo pode crescer muito (crescimento exagerado) e nesse caso é chamado de adenomegalia.
Linfonodos satélites são linfonodos que recebem a linfa de uma parte determinada do corpo, cituados geralmente nas extremidades proximais dos membros , ou próximo a um órgão interno como  pulmão (linfonodos traquebroquiais) e intestino (linfonodos mesentéricos) . Os linfonodos satélites da coxa estão na região inguinal e os linfonodos na perna estão nos linfonodos tibial anterior, e poplíteos, por exemplo. É importante que sabiamos a localização anatômica destes linfonodos, pois se encontrarmos uma linfadenite nos linfonodos inguinais, provavelmente esta ocorrendo uma infecção ou carcinoma no membro inferior. Carcinoma é uma neoplasia maligna que tem origem no tecido epitelial de um órgão, como a pele. Eles costumam dar metástases por via linfática e atingir os linfonodos satélites, malignizando-os. Se ocorrer essa metástase, há necessidade de se retirar os linfonodos para que eles não sejam fonte de crescimente para as células neoplásicas, que podem a partir daí se espalhar para os resto do corpo.
                3.2 - Baço
O baço é um órgão maciço avermelhado, de consistência gelatinosa, situado no quadrante superior esquerdo do abdômen. É o maior órgão linfático secundário do organismo e tem como função imunológica, a liberação de linfócitos B, T, plamócitos, e outras células linfóides maduras e capazes e capazes de realizar uma resposta imune para o sangue e não para a linfa.
O baço esta envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo, que emite septos (trabéculas) para o interior do órgão. Estes septos não delimitam lóbulos completos no órgão, mas formam o arcabouço (estroma) do órgão. O parênquima do baço é dividido estrutural e fisiologicamente em duas regiões: a polpa branca e a polpa vermelha.
A polpa branca se refere aos pontos branco que encontramos no corte histológico do baço. Esses pontos são os corpúsculos de Malpighi. Este corpúsculo é que dá a função de órgão linfóide ao baço. Ele representa o sítio de maturação dos linfócitos. No centro encontramos o centro germinativo que é o local onde existem linfoblastos  e pro-linfócitos B em diferenciação. Já na perferia existem linfócitos maduros prontos a realizar alguma resposta imune, que podem sair para o sangue. O corpúsculo recebe no centro uma arteríola, chamada arteríola da polpa branca. Ao redor dela encontramos a bainha periarterial, que é o local onde estão os linfócitos T (pro-linfócitos T) em processo de maturação e desenvolvimento.
A polpa vermelha é o restante do órgão, que tem a coloração bem vermelha, devido a alta concentração de hemácias no órgão.O baço é um órgão que armazena sangue, e lança estas hemácias para circulação no caso de necessidade (sob estímulo da adrenalina liberada numa situação de estresse/alerta), pois o organismo necessita de mais oxigênio para o metabolismo.  Na polpa vermelha encontramos diversas cadeias de células que formam os cordões de Bilroth, formados por macrófagos, plaquetas, plasmócitos, células reticulares. A célula reticular é a célula que sustenta fisicamente a polpa vermelha, pois sem ela, a polpa vermelha se “desmancharia”em  um caldo de hemácias.
Sua irrigação sangüíena é terminal, ou seja, recebe uma artéria terminal (artéria lienal), que sai do tronco celíaco, ramo da artéria aorta abdominal. A artéria lienal entra pelo hilo do baço e se divide em ramos que vão seguindo os septos (trabéculas) atingindo o interior do órgão. A partir desses ramos surgem as arteríolas da polpa branca (fig.abaixo) 2.7) que penetram no corpúsculo de Malpighi. Quando saem da polpa branca, elas se ramificam e desembocam em sinusóides esplênicos localizados na polpa vermelha. Nestes sinusóides estão hemácias armazenadas e estão localizadas entre os cordões de Billroth.  Os macrófagos dos cordões realizam a hemocaterese, ou seja, fagocitam hemácias “velhas” que chegam ao baço.
 

Figura feita por computação gráfica, ( expresso aqui em baixa resolução , visando a melhora do desempenho da página)  ilustrando a estrutura básica do baço. Podemos observar o corpúsculo de Malpighi, cuja perfieria está mais condensada, pois os linfócitos B  já estão maduros e o centro ( mais claro) estão em processo de diferenciação. Veja as arteríolas da polpa branca passando no centro do corpúsculo. Os septos em lilás vieram da infiltração de  tecido conjuntivo a partir da cápsula que reveste externamente o órgão. Os pontos vermelhos são as hemácias dentro  dos seios esplênicos. Veja os cordões de Billroth preechendo quase todo o parêquima na polpa vermelha.
 
 
 
 
    Drenando o sangue dos sinusóides, surgem as vênulas esplênicas que se juntam e formam a veia esplênica que sai do baço pelo hilo. A veia esplênica forma junto com a veia mesentérica inferior, a veia porta que segue para o fígado. É importante saber que a v. esplênica tem ligação importante com a v. porta, pois no casos de uma hipertensão portal, a pressão se eleva no sistema venoso do baço, que  sofre uma hipertrofia, levando a esplenomegalia. A hipertrofia do baço pode levar a anemia hemolítica, pois o SMF poderá estar em maior atividade, destruindo mais hemácias.Por isso é necessária a esplenectomia em pacientes com esferocitose ( hemácias em forma de esferas por instabilidade de proteínas da membrana), pois essa hemácias anormais são facilmente fagocitadas.
                3.3 - Medula óssea
A medula óssea pode ser considerada também como órgão linfóide secundário por receber linfócitos T que se desenvolveram no timo e migraram  para a medula. Também encontramos plasmócitos e linfócitos B maduros na medula, que estão “prontos” para agir e realizar alguma resposta.
               3.4 - Tonsilas e Placas de Peyer
As tonsilas são aglomerados de nódulos linfáticos revestidos apenas de epitélio. As tonsilas eram conhecidas como amigdalas, e estão localizadas na cavidade bucal ( tonsilas palatinas) próximas ao arco palatofaríngeo, na parte posterior da língua (tonsilas linguais) , e na parte posterior da nasofaringe encontramos as tonsila faríngeas.
O epitélio é do tipo estratificado não queratinizado plano, que emite centenas de invaginações para o interior  e forma as chamadas cristas. Estas cristas aumentam a área de contato com a muscosa, sendo um local rico em bactérias e detritos.
Os folículos ( das tonsilas e das Placas de Peyer) são típicos, semelhante ao dos linfonodos, com o seu centro germinativo e zona periférica com linfócitos B maduros.
As Placas de Peyer também são aglomerados de nódulos linfáticos localizados principalmente na  mucosa do íleo abaixo das glândulas de Leiberkühn, mas podem atingir a submucosa se a muscular da muscosa estiver dissossiada. Elas têm a mesma atividade que as tonsilas.
A função mais característica  das tonsilas e das placas de Peyer é a produção de plasmócitos que secretem IgA-secretória para a mucosa, protegendo a mucosa da agressão de micróbios que estão fazem parte da microbiota normal ou micróbios patogênicos que possam vir junto com os alimentos. Se  todas as tonsilas forem retiradas do indivíduo, a microbiota normal pode sofrer um desequilíbrio biológico e começar a proliferar excessivamente, dondo chance às bactérias oportunistas. Se o indivíduo for um protador são de pneumococo ( patogênico), poderá (devido ao desequilíbrio)  manifestar pneumonia aguda. Os alimentos que ingerimos contém diversos tipos de bactérias , que devem seratacadas  pelas IgA-secretória. Este isotipo depois de produzido pela célula, a IgA atravessa a membrana do epitélio através da ligação com um receptor de superfície. Ao se ligar a este receptor, o complexo é endocitado pela célula, a travessa o citossol para ser  liberado na luz do órgão.
A amigdalite ou tonsile é a inflamação das tonsilas, que resulta numa hipertrofia do órgão. As tonsilas são atacados por agentes viróticos ou bacterianos, que desencadeiam respostas inflamatórias, com estímulo para hiperprodução de linfócitos. Os folículos aumentam de tamanho, a tonsila fica vermelha e muito dolorida. Os linfócitos B estão muito ativados e se diferenciando em plasmócito para produzir anticorpos que ataquem os agressores. O pus que se forma ( mais freqüente nas cristas) resulta da morte de leucócitos que morreram no ataque e de muco.
No organismo humano iremos encontrar diversos nódulos linfáticos difusos, que não formam nenhum órgão característico, e que tem funções semelhantes a tonsila. Por exemplo, na boca, na trato genitourinário, na estômago, no intestino,. encontramos nódulos na mucosa, revestido pelo epitélio.
 
 
 

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