sábado, 14 de agosto de 2010

Hipersensibilidade do tipo III

Hipersensibilidade do tipo III
Introdução

Causada por imunocomplexos formados por antígenos ligados à IgG formados contra eles.
A hipersensibilidade do tipo III resulta da deposição de complexos imunes IgG e IgM nos tecidos e nos vasos sanguíneos. Estes imunocomplexos são formados com a ativação da cascata de proteínas na qual iniciam uma resposta inflamatória que lesiona o tecido, prejudicando a sua fisiologia. As reações desse tipo de hipersensibilidade são produzidas pela existência de imunocomplexos circulantes que ao depositar-se sobre os tecidos causam a ativação de granulócitos e macrófagos. A reação sucede 4-6 horas após a entrada de antígenos solúveis no organismo e a sua união a anticorpos do tipo IgG. Esta união causa a ativação da cascata de complemento e a produção de C5a que atrai granulócitos e macrófagos ao sítio da inflamação. Esta ativação causa dano tecidular caracterizado pela presença de um infiltrado linfocitário. Este tipo de hipersensibilidade é sintoma de algumas doenças como endocardites, glumerulonefrites, artrite reumatóide, Lupus, etc. Os complexos imunes são formados pela ligação de anticorpo e antígeno específico. A classe de anticorpo mais envolvida nas reações por complexos imunes é a IgG, esse complexo pode ser formados na circulação produzindo uma doença sistêmica em sítios localizados, como nos pulmões. Porém, os complexos imunes pequenos e em maior quantidade podem permanecer no organismo e depositarem-se em tecidos e órgãos, causando reações Hipersensibilidade tipo III, é também conhecida como hipersensibilidade imune complexa. A reação pode ser geral (ex. doença do soro) ou envolve órgãos individuais incluindo pele (ex. lupus eritematoso sistêmico, reação de Arthus), rins (ex. nefrite do lupus), pulmões (ex. aspergilose), vasos sanguíneos (ex. poliarterite), juntas (ex. artrite reumatóide) ou outros órgãos. Esta reação pode ser o mecanismo patogênico de doenças causadas por muitos microrganismos.
Nem sempre o complexo Antígeno-Anticorpo se deposita sobre células. Existem fatores que influenciam na deposição como:
1. Tamanho do imunocomplexo:
•Imuno-complexos muito pequenos : não depositam, pois não são fagocitados facilmente;
•Grandes : fagocitados por macrófagos (são eficientemente fagocitados ). O que favorece a forma de grandes complexos é que os Anticorpo chegam rapidamente ao local . Isso , por sua vez é favorecido por vasodilatação .
Complexo imune de diferentes tamanho são formados durante o curso de uma resposta imune




2.Situações em que são produzidos complexos grandes ou pequenos :
•Proporção relativa de Antígeno/Anticorpo :
•As hemácias e as células do Sistema Mononuclear F agocítico têm receptores para C3b.
•Depende do SMF e do complemento.
3-Propriedades físico-químicas do Antígeno e Anticorpo :
•carga do imunocomplexo valência da imunoglobulina, avidez da ligação.
•Quando há excesso de cargas positivas o complexo tende a se depositar na membrana dos glomérulos , que tem carga negativa.
4-Fatores anatômicos e hemodinâmicos:
•glomérulos renais e rinoviais são os locais mais freqüentes
•alta pressão sanguínea e turbulência, (ex. capilares dos glomérulos renais e áreas de bifurcação das artérias);
5-Mediadores.
•Fagócito mais complexo Antígeno-Anticorpo → estímulo da produção local de citocínios e mediadores vasoativos .
•Maior adesão leucocitária ao endotélio.
• Maior permeabilidade capilar.
•Maior deposição de imunocomplexos na parede dos vaso.
6- Diferentes vias de exposição aos antígenos.
7- Afinidade dos complexos imunes por tecidos específicos;

8- Algumas doenças auto-imunes geram complexos imunes em locais específicos (ex. artrite
reumatóide).

Mecanismos da reação de hipersensibilidade tipo III:
A formação de complexo imune (Ag + Ac) desencadeia uma ampla variedade de processos inflamatórios. Os complexos imunes fixam o complemento( via clássica) originando fragmentos C3a e C5a (anafilotoxinas), estimulam a liberação de mediadores da inflamação ,como a histamina, através das porções Fc da IgG formadora do complexo imune que interagem com receptores de plaquetas, basófilos, mastócitos e outros leucócitos. Da mesma forma , os macrófagos são estimulados a liberar citocinas inflamatórias como TNF e IL-1. As aminas vasoativas liberadas (ex. histamina) promoverão retração de células endoteliais (aumento da permeabilidade vascular) permitindo a deposição dos complexos imune nas paredes dos vasos. Reações inflamatórias são desencadeadas nos locais da deposição dos complexos imunes lesando a parede dos vasos sanguíneos.(Figura abaixo):






Tipos de doenças mediadas por imune complexos:
Causa
Antígeno
Sítio de deposição

Infecção persistente
Bactérias, vírus, parasitas, etc
órgão infectado, rins

Antígenos inalados
Mofo, antígenos, animais,plantas
pulmões

Material ingetado
soro
rins, pele, artérias, articulações

Autoimunidade
Antígenos próprios
rins, articulações,artéria e pele


As reações de hipersensibilidade tipo III podem ser desencadeadas em locais específicos ou pode ser generalizada (quando complexos imunes se disseminam pela circulação).

-Forma localizada – exemplo: reação de Arthus
∙ A reação de hipersensibilidade tipo III pode ser induzida experimentalmente na pele, pela
injeção subcutânea do antígeno (reação de Arthus):
a) A IgG específica ao antígeno injetado difunde-se do sangue para o tecido conjuntivo no local da
injeção, combinando-se com o antígeno: formação de complexos imunes.
∙ Os complexos imunes ativam o complemento (C5a, C3a e C4a são liberados), criando uma
reação inflamatória, que atrai leucócitos e anticorpos para o local da injeção. C5a também induz a
degranulação dos mastócitos.
∙ Os receptores de Fc e de complemento (CR) dos leucócitos se ligam a complexos marcados pelo
complemento, ativando as células de defesa e propagando ainda mais a reação inflamatória local.
As plaquetas acumulam-se nos capilares, ocluindo e rompendo os vasos: eritema localizado (sem
margem definida) e edema duro, mas desaparecem em um dia quando os complexos imunes são
removidos

Reação de Arthus
· O complexo é formado no excesso de Anticorpo . Onde pequenos imunocomplexos na pele activam directamente receptores Fc e o complemento tendo como resultado uma aguda reacção inflamatória mediada por mastócitos.
· Complexo grande
· Deposição local , principalmente em vênulas ( essa só ocorre quando o indivíduo está exposto freqüentemente ao Antígeno de modo a produzir excesso de Anticorpo . Quando o Antígeno entra no corpo, forma-se complexos Antígeno-Anticorpo com muito Anticorpo . O indivíduo fica cada vez mais susceptível ) os pelas células fagocíticas.
Nesta rração vai ocorrer atracção de neutrófilos e sua desgranulação;a deposição local destes imunocomplexos .



- A forma sistêmica – exemplo: doença do sôro:
∙ a doença sistêmica causada por complexos imunes pode seguir à administração de grandes
quantidades de antígenos solúveis.
∙ Ex. a administração de sôro animal (cavalo) imunizado com bactérias ou com suas toxinas era
utilizado para tratamento de infecções bacterianas como difteria, tétano e escarlatina. Reações
colaterais deste tratamento incluem calafrios, exantema, artrite, vasculite e glomerulonefrite. Isto
ocorre devido à deposição de complexos imunes nos tecidos, pela produção de anticorpos contra as
diversas proteínas estranhas do sôro animal. Com a alta concentração de complexos imunes, ocorre
ativação do sistema complemento, liberação de aminas vasoativas (histamina) e reação inflamatória.
A agregação plaquetária levará a formação de microtrombos nas paredes dos vasos.
· As reações inflamatórias desaparecem quando os complexos imunes são eliminados, porém
podem ocorrer respostas imunes subseqüentes se novas doses de antígeno forem administradas.


Outras Doenças mediadas pela Hipersensibilidade tipo III
Doença
Antígeno envolvido
Manifestações clínicas
Lúpus eritematoso sistêmico
DNA,
nucleoproteínas, e outras
Nefrite, artrite,
vasculite
Poliarterite nodosa
Ag de superfície do vírus da hepatite B
Vasculite
Glomerulonefrite
pós-estreptocócica
Ag(s) estreptocócico(s):pode(m) ser depositados na membrana basal
glomerular
Nefrite
Doença do soro
Proteínas variadas
Artrite, vasculite,
nefrite


1.4. Fatores associados ao acúmulo de complexos imunes (hipersensibilidade tipo III):
∙ fatores associados à exposição constante ao mesmo antígeno como:
􀂾 infecção persistente
􀂾 auto-imunidade
􀂾 falha na remoção de complexos imunes da circulação (deficiência do complemento).

Remoção dos complexos imunes
Complexos imunes são presentes no nosso sistema e geralmente removidos de maneira eficaz; ocasionalmente ocorrem doenças- reações hipersensíveis tipo III- quando estes complexos não são removidos, cujas causas podem ser:
a) infecção persistente (antigênio microbiano)
b) defeito intrínseco no sistema de depuração ou no sistema fagocítico
c) extrínseco (antigênio ambiental)

Na presença de grandes quantidades de imunocomplexos o sistema mononuclear fagocítico fica sobrecarregado podendo estes persistir e demonstrando afinidade para tecidos particulares em doenças particulares

Os complexos imunes são ligados aos eritrócitos através de receptores fixados aos complexos
imunes (ativação do complemento). Estes eritrócitos carregam os complexos imunes para serem
destruídos por fagócitos do baço e fígado. (figura abaixo)












Função do complemento no processamento de complexos imunes:
- Fixa C3b ao complexo imune favorecendo a fagocitose (receptores para C3b em fagócitos) e remoção de
complexos solúveis no sangue (através de receptores para C3b dos eritrócitos).
- Solubiliza os complexos imunes nos tecidos.
- Facilita o reconhecimento de Ag por outras CAA (ex. linfócitos B).

MODELO AMBIENTAL E METAPARADIGMA DE ENFERMAGEM DE NIGHTINGALE

MODELO AMBIENTAL E METAPARADIGMA DE ENFERMAGEM DE NIGHTINGALE

Nightingale não inventou ou definiu os quatro principais conceitos usados para organizar a teoria de enfermagem. Eles evoluíram de uma análise do currículo de enfermagem (Falco, 1989). Apesar da aplicação de convenções modernas à sua estrutura, nem todos os conceitos foram abordados especificamente por Nightingale.
Dessa forma, os escritos de Nightingale foram analisados para identificar suas definições desses conceitos.
Enfermagem - Segundo Nightingale o que a enfermagem tem a fazer, é colocar o paciente na melhor condição para que a natureza aja sobre ele. Ela encarava a medicina e a cirurgia como removedoras das obstruções à saúde para permitir que ela fosse devolvida pela natureza à pessoa. Declarava que a enfermagem “deveria significar o uso apropriado de ar fresco, luz, aquecimento, limpeza, silêncio e dieta adequadamente escolhida e administrada, tudo com o menor gasto de energia vital do paciente”.
Com base na sua definição de enfermagem, pode-se definir da seguinte maneira ser humano, ambiente e saúde.
Ser humano- Os seres humanos não são definidos, especificamente, por Nightingale. São definidos em relação ao seu ambiente e ao impacto do ambiente sobre eles.
Ambiente- O ambiente físico é salientado por Nightingale em suas obras. Ela enfocava a ventilação, o aquecimento, o ruído, a luz e a limpeza. Seus escritos refletem um modelo de saúde comunitária, no qual tudo que circunda os seres humanos é considerado em relação ao seu estado de saúde.
Saúde- Nathingale acreditava que a patologia ensina o dano que a doença fez e nada mais. Declarava: “Nada sabemos sobre a saúde, o positivo do qual a patologia é o negativo, exceto pela observação e experiência” Acreditava que a “natureza cura sozinha”. Segundo a sua definição de que a arte da enfermagem é “desfazer o que Deus fez doença”, a meta de todas as atividades d enfermagem deve ser a saúde do cliente. Ela pensava que a enfermagem deveria proporcionar atendimento tanto aos sadios quanto aos enfermos e defendia a promoção da saúde como uma atividade na qual as enfermeiras deviam participar.
O papel da enfermeira é colocar o cliente na melhor posição para que a natureza aja sobre ele, encorajando assim a cura.
NITHINGALE E O PROCESSO DE ENFERMAGEM
O processo de enfermagem é um método utilizado para se implantar, na prática profissional, uma teoria de enfermagem. Após a escolha da teoria de enfermagem, torna-se necessária a utilização de um método científico para que os conceitos da teoria sejam aplicados e implantados na prática.
No processo de enfermagem a assistência é planejada para alcançar as necessidades específicas do paciente, sendo então redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistência (CAMPEDELLI et al., 1989). O processo de enfermagem possui um enfoque holístico; ajuda a assegurar que intervenções sejam elaboradas para o indivíduo e não para a doença; apressa os diagnósticos e o tratamento dos problemas de saúde potenciais e vigentes, reduzindo a incidência e a duração da hospitalização; promove a flexibilidade do pensamento independente; melhora a comunicação e previne erros, omissões e repetições desnecessárias.
Florence nas investigações do cliente defendia dois comportamentos essenciais para a Enfermeira. O primeiro correspondia em perguntar ao paciente o que é necessário ou desejado .Como por exemplo, se ele teve dor, onde está sentindo esta dor. Se está comendo, perguntar quando ele gostaria de comer e qual o alimento apreciado. Nithingale alertava para que a pessoa que fizesse a pergunta se preocupasse com a timidez do paciente ao respondê-las. Alertava também quanto às perguntas dirigidas e defendia a formulação de perguntas precisas. Recomendava fazer perguntas como “Quantas horas de sono teve? E a que horas da noite?” em vez de “Ele teve uma boa noite?”
A segunda área de investigação defendia o uso da observação. Ela usava observações precisas relativas a todos os aspectos da saúde física do cliente e do ambiente. As Enfermeiras devem fazer as observações pois os clientes são muitos fracos ou tímidos para fazê-las, visto que são elas que circulam em torno do modelo ambiental de Florence, isto é, do impacto do ambiente sobre o indivíduo. Por exemplo, como luz, os ruídos os odores e a cama afetam o paciente?
Os principias conceitos ambientais orientam a estrutura do instrumento investigativo, levando ao exame do impacto do ambiente sobre os clientes e à integração do corpo expandido do conhecimento científico em relação aos efeitos de um ambiente equilibrado ou desequilibrado.




































Conclusão
As teorias de Florence compreendem os conjuntos e princípios fundamentais da Arte da Enfermagem, uma ciência humana de pessoas e de experiencias com campo de conhecimento fundamentações e práticas do cuidar de seres humanos que abrangem dos estados de saúde aos estados de doenças, mediadas por transações pessoais,profissionais, científicas, estéticas e políticas.
Ao estudarmos as teoria de Florence observa-se o uso que ainda hoje de ensinamentos sistematizados no século passado pela Florence Nightingale, idealizadora da primeira escola profissional de Enfermagem. Para Julia B. George as enfermeiras devem encarar uma teoria de enfermagem como uma forma de relacionar conceitos através do uso de definições que seja úteis ao desenvolvimento da prática educacional.
Florence formulou a teoria ambientalista, que determina a um ambiente erapeutico cinco pontos essenciais: ar puro, água pura , rede de esgotos eficiente, limpeza e ilumunação- garantia ao doente melhores condições de recuperação. Florence também salientou que as enfermeiras aliviarar e evitar
o sofrimento e a dor desnecessária

Boletim de Informação de Medicamento: Morfina

UFRB – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CCS – CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Curso: Enfermagem, 3º semestre
Conteúdo Curricular: Farmacologia Básica
Docente: Luiz Antonio Fávero Filho
Discentes: Adriana Pena, Edenice Ferreira, Jaciane Cerqueira,Juliana Quetheman,Valdília
Costa

Boletim de Informação de Medicamento:
Morfina

Referência: Dimorf®..
Genérico: Sulfato de morfina.
Categoria terapêutica: Analgésico
Indicação: A Morfina está indicada no tratamento para o alívio da dor crônica grave e aguda, no Tratamento da dor neuropática, Tratamento da dor aguda forte: em trauma ou no parto;
Como anestésico geral;
Redução da dor em casos de fibromialgia.
Contra-indicações: Dimorf ® Solução Oral é contra-indicado em pacientes sensíveis à morfina ou a algum componente da fórmula. Também na depressão ou insuficiência respiratória, depressão grave do sistema nervoso central, insuficiência cardíaca secundária, crise de asma brônquica, arritmia
cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, aumento da pressão intracraniana ou cerebroespinhal,
lesões cerebrais, tumor cerebral, alcoolismo crônico, delirium tremens, desordens convulsivas, após cirurgia do trato biliar, cirurgia no abdômen e anastomose cirúrgica, administração conjunta com
inibidores da MAO ou após um período de 14 dias com este tratamento. Dimorf® Solução Oral está contra-indicado em pacientes que apresentem obstrução gastrintestinal e íleo-paralítico.
Farmacocinética: Efeito dura 4 a 6 horas;
Metabolizada no fígado (por conjugação com o ácido glucurónico) e um pouco nos rins;A morfina é metabolizada por duas vias, glucuronidação e N-desmetilação, originando três metabolitos: morfina-3-glucuronido, morfina-6-glucuronido e normorfina.
O metabolito morfina-3-glucuronido é o que se forma em maior quantidade sendo, no entanto, considerado inactivo (porque tem pouca afinidade para os receptores opióides). O metabolito morfina-6-glucuronido é considerado activo, sendo um potente agonista dos receptores μ.
Ultrapassa a BHE e placenta;
É distribuída pelo corpo, mas sobretudo nos rins, fígado, pulmões e baço, com pequenas concentrações no cérebro e músculos. A penetração reduzida no SNC é devida à baixa solubilidade nos lípidos, união às proteínas, grande ionização a pH fisiológico (cerca de 90%) e conjugação com o ácido glucurónico. Como esta circulação no SNC é lenta, a depressão respiratória, se acontecer, é apenas passadas 18 horas, tempo que a morfina demora a activar no SNC os centros respiratórios.
Cerca de 35% liga-se às proteínas;
Morfina é conjugada com o ácido glucurónico no fígado e intestino, para produzir o seu principal metabolito, morfina-3-glucuronido, inactivo e o metabolito activo, morfina-6-glucuronido. Este último pode contribuir para o efeito analgésico da morfina, especialmente quando são administradas doses repetidas por via oral;
Tempo de semi-vida plasmático: 102 minutos;
Farmacodinâmica: A Hidroclorotiazida atua diretamente sobre os rins, aumentando a excreção de cloreto de sódio e, consequentemente da água.
Além disso, aumenta a excreção de potássio. Seu efeito é atribuído ao bloqueio do co-transporte de Na+ e Cl- eletroneutros, resultando que 90% no sódio filtrado é reabsorvido antes do líquido tubular chegar ao local de ação das tiazidas.
Referência: disponível em: http://www.lafepe.pe.gov.br/medicamento_detalhes.php?id_med=42

O que é Espinha Bífida e Mielomeningocele ?

O que é Espinha Bífida e Mielomeningocele ?
24.04.2008
 
ESPINHA BÍFIDA - É uma malformação congênita do Sistema Nervoso Central que se desenvolve no primeiro mês de gestação. Na espinha bífida existe um defeito de fechamento das estruturas que formarão o dorso do embrião e que poderá afetar não somente as vértebras, mas também a medula espinhal, meninges e até mesmo o encéfalo. Esses defeitos são geralmente denominados defeitos do tubo neural. O tubo neural é o início do sistema nervoso do embrião. As formas mais comuns de espinha bífida são a Espinha Bífida Cística e a Espinha Bífida Oculta.
Na Espinha Bífida Cística o defeito de fusão das vértebras afeta também o Sistema Nervoso e suas membranas protetoras, chamadas meninges. A malformação se estende à pele que se encontra distendida formando um cisto que contem líquido céfalo-raquidiano (LCR) em seu interior. Os tipos mais comuns são a Mielomeningocele e a Meningocele.
Na mielomeningocele, o sistema nervoso está exposto. A porção exposta é chamada de placa neural ou placódio e representa a porção do tubo neural que não se fechou durante o desenvolvimento do embrião. Geralmente existe comprometimento da função neurológica abaixo do nível da lesão, pois a placa neural é muito sensível aos efeitos do líquido amniótico.A meningocele é recoberta por pele íntegra e dentro do cisto não existe tecido nervoso malformado. As raízes nervosas são normais e encontram-se livres no interior do saco.
Na Espinha Bífida Oculta, também denominada disrafismo espinhal oculto não há a formação de cistos e a malformação vertebral costuma ser recoberta por pele normal. Freqüentemente existe algum tipo de anomalia na pele que indica a existência da malformação e que são chamados de estigmas cutâneos Estes podem ser bolas de gordura, pequenas cavidades ou buracos na pele, pequenas veias anormais, tufos de cabelos, etc. As formas mais comuns são os Lipomas ou Lipomeningoceles.

(Mielomeningocele)


(Meningocele)

(Disrafismo espinhal oculto: Lipoma)
CAUSAS - As causas que levam à formação da espinha bífida em geral, e da mielomeningocele em particular, ainda não estão totalmente esclarecidas. Na sua origem coexistem fatores genéticos e fatores ligados ao ambiente. O grau de influência de cada um ainda não foi bem estabelecido, mas é sabido que a mielomeningocele com maior freqüência em grupos sociais menos favorecidos e com carência alimentar. Sabe-se também que a exposição materna a determinados medicamentos como a carbamazepina e o ácido valpróico pode induzir a formação do defeito. Sabe-se também que o ácido fólico, uma vitamina do Complexo B, exerce um efeito protetor sobre o sistema nervoso em formação, reduzindo significativamente a incidência de defeitos do tubo neural quando administrado a mulheres em idade fértil antes da concepção.
DIAGNÓSTICO - O diagnóstico da espinha bífida cística pode ser feito por ultra-sonografia. De uma maneira geral, o defeito pode ser ientificado a partir da 17a semana de gestação. A presença de hidrocefalia também pode ser detectada por este método. Outros métodos diagnósticos consistem na dosagem, no sangue e no líquido amniótico, marcadores como a alfa-fetopreoteína a acetilcolinesterase. Em portadores de meningoceles e de lipomeningoceles, a ultra-sonografia mostra a lesão, mas a dosagem dos marcadores costuma ser negativa.

(Disrafismo espinhal oculto: Fístula neuro-ectodérmica)

MIELOMENINGOCELE - é a forma mais comum de espinha bífida cística e também a mais grave. Além das anomalias espinhais, a porção malformada da medula espinhal se exterioriza pelo defeito e fica exposta ao ambiente. A mielomeningocele é geralmente revestida por um cisto desprovido de pele íntegra, que contem líquido céfalo-raquidiano (LCR) em seu interior. Nestes casos, pode haver contaminação do sistema nervoso por bactérias, daí a necessidade de correção cirúrgica. Mais de 80% dos portadores de mielomeningocele têm hidrocefalia associada.

(Ultra-sonografia mostrando mielomeningocele (setas))
A hidrocefalia deve-se ao acúmulo excessivo de líquido céfalo-raquidiano dentro do encéfalo e, nos casos de mielomeningocele, deve-se à obstrução os fluxo deste líquido em alguns locais do sistema nervoso. Esta obstrução é geralmente provocada por outra anomalia que se associa à mielomeningocele e que é denominada malformação de Arnold-Chiari ou Malformação de Chiari do Tipo II. Nesta malformação, as estruturas que normalmente estariam contidas na porção mais inferior do crânio, encontram-se parcialmente acomodadas dentro da coluna cervical e podem interferir com a circulação do LCR.A malformação de Chiari pode, mais raramente, ser responsável por outros problemas em recém-nascidos, lactentes e crianças mais velhas.
Portadores de mielomeningocele podem se apresentar com alterações neurológicas que dependem do nível em que a lesão está localizada. De uma maneira geral, quanto mais baixa a localização da
lesão, menor o grau de comprometimento neurológico, pois menor será o número de raízes nervosas acometidas. Assim sendo, pacientes com lesões localizadas na porção mais inferior da coluna vertebral poderão ter movimentos preservados, mas ainda assim terão dificuldade para controlar a emissão de urina (bexiga neurogênica) e de fezes. Por sua vez, as lesões localizadas na porção média da coluna vertebral poderão provocar paralisia completa das pernas. Os portadores de mielomeningocele freqüentemente exibem alterações ortopédicas como pé torto e luxação do quadril. Além dessas, outras malformações da coluna vertebral, medula espinhal, encéfalo e nervos periféricos podem estar presentes, o que faz com que a mielomeningocele seja a mais complexa de todas as malformações congênitas compatível com sobrevida prolongada.
PREVENÇÃO - Há mais de 10 anos sabe-se que ingestão de uma vitamina chamada ácido fólico protege o bebê contra o aparecimento da espinha bífida.O ácido fólico deve ser ingerido por todas as mulheres em idade fértil. É sabido que uma dose diária de 0,4 mg desta substância é capaz de reduzir acentuadamente a incidência de mielomeningocele e de outros defeitos do tubo neural. Alguns países além de recomendar a suplementação dietética determinaram o enriquecimento de determinados alimentos com ácido fólico. Atualmente a SBNPed empenha-se em propor medidas semelhantes às autoridades sanitárias brasileiras.
TRATAMENTO - O tratamento da mielomeningocele começa pela correção do defeito no dorso. O objetivo é restabelecer as barreiras naturais que isolam o tecido nervoso do meio externo e a operação deve ser realizada o mais precocemente possível, para reduzir ao máximo a incidência de infecções. O aumento exagerado do crânio indica a presença de hidrocefalia, para a qual o tratamento cirúrgico é a colocação de uma drenagem (válvula) que envia o excesso de líquido céfalo-raquidiano para o interior do abdome ou do coração.

(Derivações valvulares)
O tratamento da mielomeningocele envolve diversos outros especialistas além do neurocirurgião e do pediatra. Devido aos problemas causados pela bexiga neurogênica, é fundamental a participação de urologistas. Com freqüência, a urina deverá ser retirada de dentro da bexiga com o auxílio de sondas (cateterismo intermitente limpo), o que pode ser realizado pela própria família ou pelo próprio paciente, inicialmente com a supervisão de enfermeiras. As deformidades dos membros inferiores (luxação do quadril, pé torto) são tratadas por ortopedistas e muitas vezes é necessário o uso de aparelhos especializados ou cirurgias corretoras. O acompanhamento por neurologistas e por psicólogos é também muito importante, pois portadores de mielomeningocele muitas vezes têm problemas de desenvolvimento e de adaptação social. O auxílio de fonoaudiólogos e assistentes sociais é indispensável. Desta maneira, a tendência hoje é a de criar centros de atendimento multidisciplinar a portadores de espinha bífida, evitando que estes sejam obrigados a se deslocar exageradamente em busca dos cuidados básicos necessários.
É importante que o trabalho de reabilitação seja iniciado precocemente. A fisioterapia pode prevenir deformidades ortopédicas provocadas por posicionamento anormal dos membros inferiores, além de estimular precocemente o sistema nervoso das crianças.
COMPLICAÇÕES - Portadores de mielomeningocele podem apresentar piora neurológica por diversas causas, ao logo de sua vida. O aumento no tamanho da cabeça (em lactentes), a ocorrência de dores de cabeça, vômitos, sonolência ou perda de habilidades já adquiridas sugerem funcionamento defeituoso da válvula e piora da hidrocefalia. Febre, irritabilidade e vermelhidão sobre o trajeto da válvula geralmente indicam infecção na mesma. Nos dois casos é necessário procurar seu médico, pois uma cirurgia pode ser necessária. A chamada malformação de Arnold-Chiari pode provocar o aparecimento de sintomas que necessitem de tratamento cirúrgico. No primeiro ano de vida, as manifestações mais comuns são a dificuldade para engolir alimentos, chiado (estridor), e perda da respiração (apnéia) durante as quais a criança pode ou não ficar arroxeada. Crianças mais velhas geralmente se queixam de dores na nuca, falta de coordenação e fraqueza nos braços. O entupimento da válvula pode ser responsável pelo quadro. Em algumas situações uma cirurgia pode ser necessária. A piora na marcha, o aparecimento de paralisias, dores na coluna, mudança no tipo de bexiga neurogênica, piora da escoliose e demais deformidades ortopédicas podem se relacionar à medula presa. Nesta situação a parte final da medula fica presa à cicatriz cirúrgica, estirando-se cada vez mais à medida que a criança cresce e provocando o aparecimento de novos sinais e sintomas. Nestes casos, uma cirurgia também pode ser necessária.
Portadores de mielomeningocele são especialmente propensos a alergia ao látex, que é o principal componente da borracha. Assim sendo, o contato com luvas de borracha, bolas de soprar, elásticos, etc. podem levar ao aparecimento de alergias em mais da metade das crianças. Os sintomas variam desde simples corizas até formas mais graves como bronquites e dificuldade respiratória, passando por coceiras e urticárias.Sempre que possível, e principalmente em casos de manifestações alérgicas anteriores, esses produtos deverão ser evitados e substituídos por outros de material inerte.
O FUTURO DOS PORTADORES DE MIELOMENINGOCELE - Portadores de espinha bífida cística irão requerer atenções especiais ao logo de toda a sua vida. Hoje em dia, os cuidados dispensados aos problemas urinários reduziram acentuadamente o número de complicações. Da mesma forma, os cuidados ortopédicos e fisioterápicos permitiram que um grande número de crianças pudesse andar com o auxílio de aparelhos ortopédicos.De modo a facilitar a deambulação, é importante evitar que as crianças se tornem obesas. Embora algumas sejam intelectualmente comprometidas, o desenvolvimento dos portadores de mielomeningocele não é significativamente diferente do restante da população. Algumas crianças apresentam dificuldades de aprendizado em áreas específicas que, em grande número, podem ser contornadas. Uma vez que um número cada vez maior desses pacientes alcança a adolescência e a idade adulta, os problemas relacionados à sexualidade e à constituição de famílias tornaram-se importantes e devem ser discutidos em profundidade. Dentre os vários desafios que se apresentam, um dos mais importantes é a inclusão desses indivíduos em nossa sociedade, iniciando-se pelo livre acesso à educação e continuando-se pela sua inserção no mercado de trabalho.
FoNTE:  www.saudeemmovimento.com.br

DESENVOLVIMENTO DO DUODENO

DESENVOLVIMENTO DO DUODENO

No início da quarta semana de desenvolvimento, o duodeno começa a se desenvolver da porção caudal do intestino anterior, da porção cranial do intestino médio e do mesênquima esplâncnico associado ao endoderma dessas porções do intestino primitivo. As duas porções do duodeno reúnem-se logo após a origem do ducto biliar. O duodeno em desenvolvimento cresce rapidamente, formando uma alça em forma de C, que se projeta ventralmente. À medida que o estomago realiza a rotação, a alça duodenal gira para a direita e vai se localizar retroperitonealmente. Durante a quinta e a sexta semana de desenvolvimento, a luz do duodeno se torna progressivamente menor e é, temporariamente obliterada, devido à proliferação de suas celulas epiteliais. Normalmente, ocorre vacuolização com a degeneração das células epiteliais; e o duodeno se recanaliza, normalmente, ao final do período embrionário.

COMO FAZER UMA RESENHA

Resenha
É um trabalho de síntese, uma apreciação e análise resumida de produções científicas ou não, um resumo crítico. Na resenha se elabora um julgamento da obra.
O Resumo
O resumo é um pequeno texto que destaca as idéias essenciais do artigo, procurando guardar uma fidelidade ao texto original. O resumo é, portanto, uma apresentação concisa e seletiva de um artigo, obra ou outro documento que põe em relevo aspectos de maior interesse e importância.

Não se esqueça de escrever no resumo a referência bibliográfica completa do texto-base. Isto pode ser feito no cabeçalho ou no final;
Procure ser fiel ao texto original, buscando reproduzir as idéias do autor;
Tente usar suas próprias palavras, quando não o fizer e usar frases ou mesmo partes de frases do autor do texto-base, sempre use aspas;
Destaque a idéia principal do texto e os detalhes mais importantes. Preste atenção na estrutura do texto, identificando idéias de conseqüências, adição, oposição, incorporação de novas questões e complementação do raciocínio. Atente para os exemplos oferecidos, geralmente eles compõem um detalhe importante;
Sublinhe. Lembre-se que você deve sublinhar numa segunda leitura, quando tem condições de tudo novamente já tendo uma idéia do geral para poder pontuar as idéias mais importantes. Não precisa sublinhar orações inteiras, aprenda sublinhar só os termos essenciais;
Organize um esquema lógico. Visualizar o texto pode ajudar muito, facilitando uma consulta, a explicitação da relação entre as partes, dentre outros.

Fazer uma resenha, para quem está iniciando no campo da investigação científica, é muito importante porque constitui um passo significativo na elaboração tanto de um projeto como de uma monografia, que impõe a condição, ao aluno, de fazer sínteses e apreciações.
Para elaborar o julgamento da obra se fazer necessário dois tipos de crítica:

Externa – ressalta a importância da obra no seu contexto histórico cultura, social e filosófico;
Interna – se dedica ao exame do conteúdo da obra, julgando-o.

Dicas para escrever uma Resenha

Os pontos mais importantes que devem estar contidos em uma resenha são:
1.Referência bibliográfica – em algum lugar da resenha você deve registrar o(s) autor(es) da obra, e se for o caso subtítulo, da obra e a referência completa, inclusive o número de páginas. Algumas pessoas colocam logo na primeira frase da resenha, outros chamam uma nota de rodapé. Não importa o lugar, mas esse é um dado indispensável.
2.Credenciais do(s) autor(es) – é interessante oferecer ao leitor da resenha informações gerais sobre o(s) autor(es) da obra que você está resenhando, como também, se possível, as circunstâncias em que ele fez o estudo (quando, onde e porque).
3.Conteúdo da obra – aqui é o momento do resumo crítico das principais idéias, sempre lembrando que elas são idéias do autor da obra que você está resenhando. Não deixe o leitor esquecer disso, não tome a obra para você. Pergunte-se o que diz a obra, se ela tem alguma característica especial a forma como foi abordado o tema, se exige conhecimentos prévios para compreendê-la, que teoria serviu de referência, qual o método utilizado.
4.Conclusões da obra – é importante registrar se o autor conclui, se sim, em que momento e, finalmente, qual foi a conclusão.
5.Apreciação – esse é o momento mais trabalhoso, já que, exige mais de quem está elaborando uma resenha porque se refere ao julgamento da obra. Você pode se perguntar sobre o mérito da obra (qual a contribuição dada, se as idéias são criativas, se desenvolve novos conhecimentos, se propõe uma abordagem diferente), sobre o estilo (claro, conciso, objetivo, coerente), sobre a forma (lógica, sistematizada, se há equilíbrio entre as partes, se há originalidade), sobre o fundamento teórico de onde fala o autor (onde se situa em relação as diferentes correntes científicas, filosóficas). Nesse momento, também são feitas considerações sobre uma possível indicação da obra. Você aconselha a obra? É dirigida a que público?

Mais dicas:
1.Ler a obra com cuidado. Faça anotações com cuidado e com caneta especial para grifar as principais idéias e conceitos do autor. Faça anotações na lateral pensando em núcleos do tipo “passagens profundas”, “pontos obscuros”, “novidade”, “repetição”, etc.
2.Destaque com cuidado a tese central que o autor está desenvolvendo. Acompanhe sua argumentação. Essa apreciação tornará o seu julgamento mais denso e criterioso.
3.Faça uma lista (podendo ser desordenada) dos conceitos e das palavras chaves que deverão constar na resenha;
4.Depois, refletindo sobre as principais idéias do autor, dividir o artigo em partes e assim colocar a lista acima na ordem que você deseja escrever sua resenha.
5.Tente compor frases pequenas, mas não meteóricas, que contenham uma só idéia colocada claramente. A cada troca total de assunto (não de idéia – várias idéias juntas compõem um assunto) mude de parágrafo.
6.Na verdade todo este trabalho que você faz é, nada mais nada menos que, um resumo crítico (sintético) das principais idéias do artigo, comentando o que mais chamou atenção e porque.
7.Não se esqueça de, em sua resenha, escrever o objetivo do trabalho de pesquisa relatado no artigo foco de sua resenha, e também a justificativa e importância dada pelo autor para o artigo.
8.Escreva para que a pessoa que vir a ler a sua resenha tenha uma boa idéia sobre o que versa a obra.
9.Lembre-se que resenhas são escritas para serem lidas por pessoas que não leram a obra que está sendo resenhada. Então, dê para outra pessoa ler. Pergunte o que ele e/ou ela entenderam. Verifique se o que foi entendido está de acordo com o que você queria dizer. Se não estiver como você quer, re-escreva e repita este processo até que tudo esteja como você deseja.
10.Fique atento às concordâncias verbais. Procure o sujeito (singular ou plural) e procure o verbo (atento para a concordância singular ou plural) de cada uma das suas frases para ter certeza que há concordância verbal.
11.Após escrever uma frase pense no seu objetivo. Não escreva nenhuma frase que nada acrescente ao que já foi dito e/ou que não tenha nada a haver com o assunto. Seja objetivo.
12.Para que você escreva cada vez melhor tente ler mais e escrever muito, quanto mais lemos mais melhoramos nosso texto escrito.

Recapitulando, o que escrever na resenha sobre:
O Conteúdo da Obra
Escreve-se o resumo das principais idéias da obra. Para isto, pergunte-se:
1.O que diz a obra?
2.A obra tem alguma característica especial?
3.Como foi abordado o tema? (a forma com que foi abordado o tema)
4.São necessários conhecimentos prévios para compreendê-la?
5.Que teoria serviu de fundamentação (referência)?
6.Se a obra é um relato de pesquisa, qual o método de pesquisa utilizado?

Conclusões do autor
É importante ficar atento às conclusões da obra. Para escrever sobre as conclusões da obra, pergunte-se:
1.Quais as conclusões?
2.Em que momento são feitas?

Apreciação (julgamento)
Para apreciar (julgar) a obra, pergunte-se:
1.Quais as contribuições da obra?
2.O que a obra acrescentou?
3.As idéias foram criativas?
4.Foram desenvolvidos novos conhecimentos?
5.O autor se apoiou bem na literatura (fundamentação teórica e filosófica)?
6.A obra propôs abordagens diferentes?
7.Como é o estilo? Claro? Conciso? Objetivo? Coerente?
8.Como é a forma da obra? Lógica? Sistematizada? Há equilíbrio entre as partes?
9.A obra é original?
A obra se dirige a que público? (Isto é a indicação da obra)

A mielomeningocele

INTRODUÇÃO

As doenças que envolvem o tubo neural são responsáveis por um número considerável de pacientes no consultório do fisioterapeuta pediátrico.

O tubo neural normalmente desenvolve-se a partir da placa neural e começa a fundir-se aproximadamente no 27º dia de gestação e fecha-se no 28º dia gestacional, de forma que somente as extremidades do tubo permanecem abertas. O não fechamento adequado deste tubo é responsável pelo aparecimento de defeitos congênitos da linha média denominados de disrafismos. As malformações esperadas podem ser detectadas ainda intra-uterinamente, através da ultra-sonografia e de achados de elevados níveis séricos maternos de alfafetoproteína – AFP (ROWLAND, 1997).

Ainda não estão bem esclarecidos os fatores causais das malformações do tubo neural. Alguns autores acreditam que tanto fatores ambientais quanto genéticos podem estar envolvidos nesse processo. Stokes (2000), afirma que em estudos realizados na Grã-Bretanha, foi constatado que existe uma probabilidade de 1 em 20 após o nascimento de um filho com espinha bífida e que esta probabilidade aumenta se houver uma segunda criança.

Dentre as principais malformações do tubo neural, pode-se citar a anencefalia (ausência do cérebro, com defeitos associados no crânio, meninges e couro cabeludo); iniencefalia (cabeça retrofletida com defeitos da coluna vertebral); craniorraquisquise (necrose do cérebro e da medula secundariamente à exposição ao líquido amniótico); cefalocele (protusão parcial do cérebro por defeito do crânio); meningocele (defeito do crânio ou coluna vertebral associado a protusão meníngea); espinha bífida (espinha bífida oculta: defeito do arco vertebral; espinha bífida cística: herniação da dura-máter e aracnóide por defeito vertebral; mielomeningocele: herniação da medula e meninges). A espinha bífida é aquela que pode ser considerada menos grave, enquanto as outras praticamente não apresentam compatibilidade com a vida.
Espinha Bífida

1. Definição:
Distúrbio do tubo neural (DTN), que gera malformação da medula espinhal ou coluna vertebral, geralmente a nível torácico e lombar, por não fechamento do tubo neural inferior (LONG & CINTAS, 2001).

2. Prevalência:
Rowland (1997), afirma que a prevalência é de 1 em cada 400 nascimentos, sendo que em um terço dos casos, a causa pode estar associada a fatores genéticos, enquanto que em 50%, a causa é desconhecida.

3. Tipos:

> Espinha Bífida Oculta:

É considerada a forma benigna. Caracteriza-se pelo não fechamento do arco vertebral, sem que haja outro defeito associado, ou seja, não há envolvimento da medula espinhal, portanto, não há paresias, plegias ou outros déficits neurológicos. Normalmente está localizada a nível de L5-S1. O aspecto externo pode ser normal, uma vez que a integridade da camada epidérmica sem mantém, ou apresentar-se com tufos de pêlos, depressão, lipoma subcutâneo, nevo hemangiomatoso ou lesão circunscrita na pele. Costuma se manifestar com deterioração neurológica na infância e os déficits neurológicos manifestados podem ser decorrentes de lesões associadas – como a hidrocefalia (ROWLAND, 1997; STOKES, 2000; GREVE et al, 2001).

> Espinha Bífida Aberta ou Cística:

É a forma mais grave. Caracteriza-se pela perda da integridade da camada epidérmica, de forma a deixar em contato com o meio externo estruturas do sistema nervoso, como medula espinhal e meninges. Verifica-se a presença de cisto na região dorsal, que pode romper-se durante o parto, deixando a medula e/ou raízes nervosas que são cobertas pela pia-aracnóide, em contato com o meio ambiente (DIAMENT, 1996). Encontra-se subdividida em:

* Meningocele: Nesse caso, os arcos vertebrais não se fundiram como esperado, e existe herniação das meninges, que forma uma saliência que contém líquido cefalorraquidiano (LCR). O acometimento está restrito a pele, ossos e dura-máter. Este é um fenômeno considerado raro;
* Mielomeningocele: Mais grave e mais comum do que a meningocele, a mielomeningocele acomete pele, ossos, dura-máter, medula espinhal e raízes nervosas, que podem se encontrar externa ao canal vertebral;
 
* Espondilosquise: Esta forma é citada por Stokes (2000) que afirma ser a mais grave, já que o tecido nervoso (medula espinhal) encontra-se exposto na superfície da lesão, como uma placa achatada.


Mielomeningocele

1. Conceito:
Segundo Lucareli (2002), esta é uma das formas de disrafismo espinhal, ocasionada por uma falha de fusão dos arcos vertebrais posteriores e displasia (crescimento anormal) da medula espinhal e das membranas que a envolvem. As meninges vão formar um saco dorsal, o qual no seu interior contém líquido e tecido nervoso, provocando uma deficiência neurológica (sensitiva e motora) abaixo do nível da lesão, que podem gerar paralisias (principalmente flácidas) e hipoestesias dos membros inferiores.

2. Incidência:
SMITH apud SHEPHERD (1998) afirma que graças à queda na incidência de patologias como a poliomielite e a tuberculose osteoarticular, a mielomeningocele assume hoje o segundo lugar, ficando atrás apenas da paralisia cerebral, como responsável por deficiências crônicas do aparelho locomotor em crianças. A incidência varia em média um indivíduo afetado para cada mil nascimentos, embora possa haver uma variação de uma região para outra. Por exemplo, é muito mais freqüente em países anglo-saxônicos, onde a incidência pode ultrapassar de quatro indivíduos afetados para cada mil nascimentos, em determinadas regiões.

3. Etiologia:
A maioria dos autores considera que a mielomeningocele tem etiologia desconhecida. Porém, estudos mais recentes fazem uma associação entre a patologia e alguns fatores. Dentre eles:

> Fatores Genéticos:
Esta patologia é mais freqüente em indivíduos de raça branca, com menor ocorrência nas raças negra e amarela. Outro fato importante é que casais que já possuem uma criança portadora de mielomeningocele possuem um risco maior de gerarem outra criança portadora dessa patologia;

> Fatores Ambientais:
Indivíduos pertencentes a um mesmo grupo étnico que migraram para outro continente, apresentaram em seus descendentes uma incidência diferente dessa patologia, quando comparados ao local de origem;

> Fatores Nutricionais:
Mulheres que receberam complementação vitamínica com ácido fólico, apresentaram uma incidência muito menor de filhos portadores de mielomeningocele.

4. Anatomia Patológica:

> Medula e Raízes Nervosas:
A medula espinhal pode se encontrar presa na parte inferior do canal vertebral, fazendo com que as raízes nervosas passem horizontalmente pelos buracos de conjugação, ao invés de se dirigirem para baixo. Isto pode causar uma série de deficiências, dentre elas: hiperreflexia, paresias musculares, diminuição de sensibilidade. Geralmente, as alterações acontecem abaixo do nível do tumor formado pela mielomeningocele.
 
> Vértebras:
O defeito nas vértebras encontra-se nas lâminas e processos espinhosos, de forma que eles não se fundem na região posterior da vértebra, podendo, inclusive, estar ausentes.
 > Pele:
A área da lesão não se encontra revestida por tecido cutâneo normal. No entanto, a área de tumoração é rodeada lateralmente e na base por cútis normal. A superfície pode apresentar ulceração ou tecido granuloso.

> Cérebro:
A maior manifestação a nível de cérebro (mais de 80% dos casos), se dá sob a forma de hidrocefalia, que é resultado de uma estenose do aqueduto de Sylvius ou bloqueio do fluxo cefalorraquidiano entre o quarto ventrículo e o espaço subaracnóideo do cérebro, provocando dilatação dos ventrículos cerebrais, com conseqüente aumento da cabeça.
5. Manifestações Clínicas:

Os sintomas da mielomeningocele dependem da localização e do grau de extrusão da medula espinhal. As alterações neurológicas geralmente manifestam-se através de alterações motoras, sensitivas, tróficas e esfincterianas (CAMBER, 1988).

Levando-se em consideração que a mielomeningocele manifesta-se na grande maioria dos casos a nível da região lombossacra (L5-S1), os sintomas mais relatados na literatura, segundo Shepherd (1998), são:

> Paralisia flácida;
> Diminuição da força muscular;
> Atrofia muscular;
> Diminuição ou abolição dos reflexos tendíneos;
> Diminuição ou abolição da sensibilidade exterioceptiva e proprioceptiva;
> Incontinência dos esfíncteres de reto e bexiga;
> Deformidades de origem paralíticas e congênitas e;
> Hidrocefalia (acomete 100% das crianças com mielomeningocele torácica; 90% das lombotorácicas; 78% das lombares; 60% das lombossacras e 50% das sacrais, segundo Diament, 1996) .

Além desses sinais, podem ainda surgir outras manifestações secundárias a mielomeningocele, como:

> Úlceras de decúbito, já que há perda de sensibilidade, má nutrição da epiderme e o paciente passa muito tempo na mesma posição (acamado ou em cadeira de rodas);
> Alterações vasomotoras graves;
> Osteoporose e com ela, fraturas;
> Atraso do desenvolvimento mental, físico e psíquico, devido a incapacidade da criança de se locomover e explorar seu ambiente e relacionar-se com outras crianças;
> Contraturas dos tecidos moles e;
> Deformidades ósseas, devidas a falta de oposição à ação dos músculos, da gravidade e da postura.

Também podem ser constatadas uma série de outras anomalias congênitas associadas, como:

> Luxações da coxo-femural;
> Pé eqüinovaro;
> Presença de hemivértebras;
> Lábio leporino;
> Fenda palatina;
> Malformações cardíacas e;
> Malformações das vias urinárias.

6. Prognóstico:

O prognóstico da mielomeningocele está ligado ao nível da lesão, isto é, quanto mais alta for a lesão (nível da paralisia), pior será o prognóstico relativo a morbidade e mortalidade. Ele pode tornar-se ainda pior se houver hidrocefalia, deformidades da coluna ou ainda lesões adicionais somadas ao quadro (STOKES, 2000).

7. Diagnóstico:

Pode ser feito ainda intra-uterinamente pela ultra-sonografia ou pelo elevado nível de alfafetoproteína (AFP), que é a proteína circulante no início da vida fetal e encontra-se aumentada quando as membranas e superfícies vasculares sangüíneas fetais estão expostas e o tubo neural aberto.

8. Exames Complementares:

> Radiologia Simples:
Geralmente o raio X da coluna tem como finalidade a avaliação do grau de escolioses e cifoses, além de detectar anomalias ósseas nos corpos das vértebras e lâminas;

> Tomografia Computadorizada (TC):
É muito utilizada para identificar as malformações anatômicas dessa patologia e;

> Ressonância Magnética (RM):
Também se mostra de grande valia para a verificação de anormalidades na coluna vertebral e na medula espinhal, além de orientar o tratamento (ROWLAND, 1997).


9. Tratamento:

Muitos são os problemas decorrentes da mielomeningocele, os quais não podem ser considerados isoladamente. Portanto, faz-se necessário a integração de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, cirurgiões ortopédicos e neurológicos, fisioterapeuta, psicólogo e assistente social. É importante que os profissionais trabalhem de forma harmoniosa com a criança e seus pais, que são de fundamental importância para o bom andamento do tratamento.

9.1. Tratamento Cirúrgico:
No caso de mielomeningocele a cirurgia torna-se inevitável. É realizada para o fechamento da lesão e normalmente solicitada até 48 horas após o nascimento, já que acredita-se que isso possa reduzir ao mínimo o risco de infecções e novas lesões medulares, as quais o paciente está suscetível. Consiste em técnicas microcirúrgicas que buscam a reconstituição anatômica da medula espinhal e a preservação da maior quantidade possível de tecido nervoso funcionante. Após isso, as costas devem ser cobertas com uma compressa úmida e estéril para que o saco formado pela dura-máter se epitelize (SHEPHERD, 1998 e STOKES, 2000).
 
É importante que a hidrocefalia, se presente, seja tratada simultaneamente, pois caso contrário, uma vez fechada a lesão, haverá aumento da pressão intracraniana, podendo levar a um extravasamento de LCR e não cicatrização da lesão. Normalmente ela é tratada com a implantação de um shunt ventrículo-peritoneal, cujo objetivo é drenar o LCR do ventrículo lateral para o peritônio, onde será reabsorvido.


9.2. Tratamento Fisioterapêutico:
A meta do fisioterapeuta ao se deparar com uma criança com mielomeningocele ou qualquer outra doença do tubo neural, deve ser promover o desenvolvimento o mais próximo possível do normal, de acordo com suas limitações neurológicas, de forma a atingir o máximo de independência possível. Portanto, os objetivos da fisioterapia podem ser resumidos em: promoção das habilidades físicas que levam a independência, aquisição da mobilidade independente, seja deambulando ou através de cadeira de rodas e prevenção da instalação de deformidades.

A anamnese é de suma importância e deve ser realizada tão logo seja possível. Pormenores da gestação, parto e ocorrência familiar são fundamentais para o conhecimento de intercorrências e outros tipos de malformações associadas (DIAMENT, 1996).

O tratamento deve começar imediatamente e, segundo Stokes (2000), pode ser dividido de acordo com as fases da vida do indivíduo:

> Período Neonatal:
É importante que o fisioterapeuta realize uma avaliação minuciosa no paciente, principalmente de sensibilidade, motricidade, postura em repouso, movimentos ativos, anormalidades, deformidades e reflexos. Com isto, ele será capaz de implementar um programa de atendimento, baseado em movimentos passivos e alongamentos para manter ou melhorar a amplitude de movimento, manter o trofismo e a força muscular.

O desenvolvimento da criança tende a ser prejudicado pelo tempo que ela é obrigada a permanecer no ambiente hospitalar, devido as diversas cirurgias as quais pode precisar ser submetida (mielomeningocele, hidrocefalia, incontinência do aparelho urinário e luxação dos quadris). Logo, seu ambiente e seus movimentos serão limitados e escassos em estímulos, isto é, a criança com mielomeningocele, assim como as demais, precisa dos mesmos estímulos para o desenvolvimento de sua percepção e motricidade, os quais não são encontrados no hospital. Portanto, o fisioterapeuta deve orientar os pais a promoverem esses estímulos, orientar a mãe a carregar (e como fazê-lo) a criança constantemente, pois assim, está estimulando o controle cervical que não será conseguido se a criança permanecer a maior parte do tempo sobre o leito.

Nessa fase, as deformidades mais esperadas são o pé eqüinovaro (PEV) e a luxação congênita do quadril. O PEV da criança com mielomeningocele é tratado da mesma forma que o idiopático, embora precisem de cuidados especiais por causa da ausência de sensibilidade e má nutrição cutânea. Normalmente usa-se enfaixamento com bandagens de óxido de zinco, aplicação de talas corretivas e engessamento em série, o que requer cuidado, já que se trata de paciente com déficit de sensibilidade e má nutrição do tecido cutâneo. A luxação congênita do quadril também responde bem ao tratamento convencional (uso de órteses de abdução).
> Período Pré-Escolar:
Nesse período, uma reavaliação deve ser feita, onde o fisioterapeuta deve pesquisar os grupamentos musculares ativos (ANEXO A), para que tenha noção de quais músculos poderá se utilizar para promover a independência dessa criança e quais os recursos que ela precisará para que isso aconteça.

O fisioterapeuta passa a visitar a criança em casa e a contar com o apoio dos familiares, que devem ser instruídos a realizar mobilização passiva de todas as articulações, a cada troca de fralda, com o objetivo de manter a amplitude e melhorar a circulação. Quando a criança passa a ter movimentos ativos na parte superior do corpo e membros superiores, estes devem ser estimulados. A criança, como todas as outras, deve ser colocada em todas as posições de decúbito dorsal, ventral e sentada, de forma a promover o desenvolvimento normal

As dificuldades de percepção, função deteriorada da mão e indiscriminação de lateralidade, são responsáveis também por dificultar a deambulação, portanto, associado a um terapeuta ocupacional, deve implementar estratégias adequadas para a superação desses déficits.

A posição ortostática também deve ser estimulada, ainda que a marcha não seja atingida, pois diversos são os ganhos advindos desta conduta, como promoção da independência e da mobilidade, diminuição da ocorrência de úlceras de pressão, de obesidade e de contraturas.

> Período Escolar:

Na idade escolar, segundo Stokes (2000), a criança pode ter preferência por usar a cadeira de rodas, para facilitar seu deslocamento. Sendo assim, cabe ao fisioterapeuta ensinar à criança as habilidades necessárias para a independência. Para tanto, ela vai precisar de membros superiores fortes, o que pode ser conseguido por exercícios de fortalecimento em decúbito ventral ou na posição sentada, juntamente com um programa esportivo, que pode ser natação e basquetebol em cadeira de rodas. Isso também é importante no tocante a transferência da cadeira para a cama ou para o vaso sanitário, embora precise se orientado a ter cuidado com a pele anestesiada. A postura deve ser avaliada constantemente, já que o paciente em fase de crescimento tende a desenvolver deformidades na coluna, especialmente cifoses e escolioses.
Crianças que optam por usar bengalas ou muletas também precisam de atenção especial. Precisam ser treinadas, de preferência sobre colchões, como devem se apoiar ao caírem eventualmente.

Outro problema que acomete o paciente com mielomeningocele e pode ser um tormento na idade escolar é a incontinência do reto e da bexiga, principalmente nos pacientes com lesões lombossacras. Esses pacientes apresentam incontinência paradoxal ou por transbordamento, isto é, sua bexiga nunca se esvazia completamente: a urina começa a gotejar quando está cheia e a criança não manifesta sensação. O paciente maior pode ser treinado, através da compressão manual (compressão para baixo e para trás no baixo ventre), com o objetivo de favorecer a drenagem vesical O treinamento da evacuação também é bem sucedido, bastando um treinamento para que a criança seja capaz de evacuar a intervalos regulares.

> Adolescência:
Durante esta fase, voltam a tona os problemas com a coluna vertebral, podendo ser necessário o uso de órteses.

> Fase Adulta:
Na fase adulta o fisioterapeuta torna-se apenas um supervisor, pois acredita-se que o paciente já seja capaz de cuidar de si próprio.

Os maiores problemas podem ser as úlceras de pressão e a obesidade, que podem ser controladas com orientações.
 
10. Órteses:

São elas que vão dar ao paciente a segurança necessária para que ele ganhe confiança e independência para que seja capaz de se locomover sozinho. Além disso, muitas são utilizadas para a prevenção de deformidades.


CONCLUSÃO

A mielomeningocele é a disrafia de maior implicação clínica, já que diferentemente das demais, as crianças afetadas por ela usualmente sobrevivem por longos meses ou anos, podendo atingir a idade adulta, isto graças aos avanços em antibioticoterapia, neurocirurgia e no controle dos problemas ortopédicos, urológicos e digestivos, que aliados ao aperfeiçoamento de centros de recuperação e reabilitação, proporcionaram significativo aumento na sobrevida das crianças com mielomeningocele.

Portanto, é muito importante que a equipe multidisciplinar incumbida de dar assistência a esses pacientes, disponha-se a tornar a vida deles o mais agradável possível, amenizando os danos aos quais estão suscetíveis. Partindo do princípio de que se tenha um conhecimento amplo a respeito da fisiopatologia da doença, bem como as manifestações advindas com ela.

Breve Discurso sobre Valores, Moral, Eticidade e Étic

Bioética
Breve Discurso sobre Valores, Moral, Eticidade e Ética
05/04/2004
 

* Claudio Cohen
** Marco Segre
* Professor Assistente Doutor, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho (FMUSP), São Paulo - SP.
** Professor Titular, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo - SP
Os autores propõem uma conceituação de moral, eticidade e ética. Trata-se, segundo eles,
de conceitos diferentes, que procuram caracterizar, utilizando para isso, também, a doutrina psicanalítica.
Basicamente, colocam a eticidade como a condição do ser humano de poder vir a ser ético, e a ética como
algo que emerge das emoções e da razão de cada pessoa, tendo-se como pressuposto a autonomia na escolha
do posicionamento no percurso que unido coração à razão. Já a moral é encarada como um conjunto de direitos e
de deveres, impostos durante a estruturação da personalidade, com relação a cada um dos quais, aparentemente,
a pessoa não tem condições de opção e, portanto, de autonomia. Valendo-se da teoria psicanalítica, os
autores definam a moral como superegóica, trazendo em seu bojo a marca da proibição, comparável à de um
código, e do conseqüente castigo. A ética, por sua vez, resulta do amadurecimento do ego, autônomo, mas num
enfoque mais abrangente do que o kantiano, lesando em conta também as emoções (fundamento das crenças).
Concluem o trabalho enfatizando dever passar, a ética, basicamente, pelo RESPEITO AO SER HUMANO,
após terem feito considerações sobre o fato de quanto mais desenvolvido for o sentir ético
dos membros de uma sociedade, menos ela necessitará de uma codificação repressiva, e, portanto, moralista.
UNITERMOS - Ética, moral, juízo de valores.
Introdução
Propomos, no presente trabalho, uma revisão dos conceitos de valores, moral e ética, apenas aparentemente cristalinos para cada um de nós.
Consideramos que esses termos são frequentemente utilizados, carecendo de maior precisão quanto ao seu significado.
A pessoa não nasce ética; sua estruturação ética vai correndo juntamente com o seu desenvolvimento. De outra forma, a humanização traz a ética no seu bojo.
Muitos crêem que a eticidade, ou condição de vir a ser ético, significa apenas a competência para ouvir o que o coração diz. Acreditamos que essa seja apenas uma característica de sensibilidade emocional, reservando-se o ser ético para os que tiveram a capacidade de percepção dos conflitos entre o que o coração diz e o que a cabeça pensa, podendo-se percorrer o caminho entre a emoção e a razão posicionando-se na parte desse percurso que se considere mais adequada.
Podemos avaliar esse conflito a partir da ótica proposta por Clande Lévi-Strauss, que alega ser o homem um ser biológico (isto é, produto da natureza) e ao mesmo tempo um ser social (isto é, produto da cultura), resultando portanto um ser ambíguo, produto da natureza e da cultura. Portanto, ele está sujeito às leis naturais e culturais (1), que muitas vezes são conflitantes, como por exemplo no caso dos desejos incestuosos (natural) e da sua proibição (cultural).
Para exemplificar essa passagem do ser biológico para o psicossocial podemos observar a instituição familiar. O ser humano não nasce com o conceito de família (2), pois esta implica em um modelo de significação e organização desse parentesco não obrigatoriamente natural, tendo portanto característica cultural (ainda que esteja apoiado no modelo biológico, como ocorre quando o pai biológico é também o pai social). Sabemos que a descoberta da paternidade, estruturante do nosso modelo atual de família, é um dado que se funda na observação, pois a descoberta da relação entre sexo e procriação não é um dado imediato da consciência.
Da mesma maneira que não se nasce com a consciência do significado de família, o mesmo ocorre com os conceitos de valores, de moral e de ética, sendo eles introjetados a partir da experiência de vida.
Muitas vezes, pela sua proximidade, esses conceitos são confundidos, outras vezes eles se fundem. Tentaremos mostrar, aqui, como na realidade eles são distintos, trazendo à tona algumas de suas diferenças, citando exemplos que nos pareçam demonstrativos.
1) 0 conceito capitalista de que tempo é dinheiro reduz a vida a um valor, podendo-se chegar à noção de quanto custa uma vida, o que pode ser de enorme interesse para a medicina securitário, carecendo, entretanto, freqüentemente, de um enfoque ético.
2) 0 movimento hippie, que tinha como lema paz e amor, aproximou-se de uma ética universal. Esse movimento foi, porém, inviável na vida prática: muitos de seus membros foram presas durante a guerra dos Estados Unidos com o Vietnã por terem se negado a participar dos combates, passando a ser considerados como desrespeitadores da moral americana daquele momento; eles foram entretanto coerentes com os próprios princí0pios.
Quem sabe, no mito Robin Hood, possamos observar um modelo dessa coerência, mas não de moral, sendo ele porém bastante aceito socialmente, pois o herói roubava dos ricos para dar aos pobres.
3) Um monge franciscano faz voto de pobreza, e dedica toda sua vida ao próximo; socorre seus semelhantes com abnegação e realiza um grande número de conversões ao cristianismo. Existe crença nessa postura (servir a Deus e ao próximo), embora a situação de obediência e servidão contrarie o que denominamos autonomia. O caráter ético desse posicionamento é questionável, conforme se verá mais adiante, podendo-se pelo menos insinuar a situação de uma renúncia autônoma à autonomia.
4) 0 pastor Jimmy Swaggart, que pregava aos seus fiéis os princípios da moral cristã, foi encontrado em um motel com uma prostituta: desta pessoa podemos dizer ter sido extremamente moralista, mas nada coerente com os seus alegados princípios.
Valor
Etimologicamente valor provém do latim valere, ou seja, que tem valor, custo. As palavras desvalorização, inválido, valente ou válido têm a mesma origem.
O conceito de, valor freqüentemente está vinculado à noção de preferência ou de seleção. Não devemos, porém, considerar que alguma coisa tem valor apenas porque foi escolhida ou é preferível, podendo ela ter sido escolhida ou preferida por algum motivo específico.
Rokeach (3) define valor como uma crença duradoura em um modelo específico de conduta ou estado de existência, que é pessoalmente ou socialmente adotado, e que está embasado em uma conduta preexistente. Os valores podem expressar os sentimentos e o propósito de nossas vidas, tornando-se muitas vezes a base de nossas lutas e dos nossos compromissos. Para esse autor, a cultura, a sociedade e a personalidade antecedem os nossos valores e as nossas atitudes, sendo nosso comportamento a sua maior conseqüência.
Como exemplos de valores culturais, cite-se o fato de ser o dinheiro, para os americanos, o maior valor, que tem seu equivalente na cultura para os europeus, e na honra para os orientas. Exemplos de valores individuais são a escolha profissional, a opção pela autonomia ou pelo paternalismo, e, como exemplo de valores universais, registrem-se a religião, o crime, a proibição ao incesto etc.
Moral
Para Barton e Barton (4) o estudo da filosofia moral consiste em questionar-se o que é correto ou incorreto, o que é uma virtude ou uma maldade nas condutas humanas. A moralidade é um sistema de valores do qual resultam normas que são consideradas corretas por uma determinada sociedade, como, por exemplo, os Dez Mandamentos, os Códigos Civil e Penal etc.
A lei moral ou os seus códigos caracterizam-se (2) por uma ou mais normas, que usualmente têm por finalidade ordenar um conjunto de direitos ou deveres do indivíduo e da sociedade. Para que sejam exeqüíveis, porém, torna-se necessário que uma autoridade (Deus, Juiz, Superego) as imponha, sendo que, em caso de desobediência, esta autoridade terá o direito de castigar o infrator. Gert (5) propõe cinco normas básicas de moral:
1) Não matar
2) Não causar dor
3) Não inabilitar
4) Não privar da liberdade ou de oportunidades
5) Não privar do prazer.
Assim como ocorre com todos os códigos de moral, as proibições vêm sempre precedidas de um não, ficando implícito que todos possuem esses desejos, e que eles devem ser reprimidos, caso contrário haverá castigo.
Novamente tentando relacionar a idéia de moral com um conceito psicanalítico, poderíamos comparála (a moral) como Superego.
Para Laplanche e Portails (é) o Superego é uma das instâncias da personalidade e tem uma função comparável a de um Juiz ou censor em relação ao Ego. O Superego é o herdeiro do complexo de Edipo, sendo que ele se forma por meio de introjeção das exigências e das proibições paternas. Freud fez questão de salientar que o Superego é composto essencialmente pelas representações de palavras, sendo que os seus conteúdos provam das percepções auditivas, das normas, das ordens e das leituras, ou seja, do mundo externo ao indivíduo.
A moral pressupõe três características: 1) seus valores não são questionados; 2) eles são impostos; 3) a desobediência às regras pressupõe um castigo.
Numa abordagem psicanalítica, podemos afirmar, hierarquizando as pulsões, que a religião é a pulsão que mais se afasta do desejo humano de liberdade "ao perturbar o livre jogo de eleição e adaptação, ao impor a todos um igual caminho único para alcançar a felicidade e evitar o sofrimento, reduzindo a vida a um único valor (Deus) deformando intencionalmente a imagem do mundo real e estimulando o mundo de fantasias catastróficas, medidas que têm como condição prévia a intimidação da inteligência e levando a que só reste o sofrimento, a submissão incondicional como último consolo e fonte de gozo"(7). Portanto, a ÉTICA que desejamos conceituar não pode ser religiosa, ou moralista, se a quisermos autônoma.
Igualmente, a ciência é muitas vezes usada para justificar um posicionamento moralista, atribuindo-se-lhe um valor inquestionável. Tome-se como exemplo a certeza científica de que o início da vida ocorre no instante da união do gamela masculino com o feminino,"racionalizando-se uma crença", quando, na verdade, a ciência apenas demonstra que nesse momento misturam-se os DNAs (lembrar que o cristianismo já considerou o início da vida - animação do embrião - 40 dias após a fecundação, para o homem, e 80 dias para a mulher).
Ética
Para Barton e Barton (4) a ética está representada por um conjunto de normas que regulamentam o comportamento de um grupo particular de pessoas, como, por exemplo, advogados, médicos, psicólogos, psicanalistas etc. Pois é comum que esses grupos tenham o seu próprio código de ética, normatizando suas ações espeíficas.
Nesta interpretação da ética, ela não se diferencia em nada da moral, com a exceção de que a ética serviria de norma para um grupo determinado de pessoas, enquanto que a moral seria mais geral, representando a cultura de uma nação, uma religião ou época. Não nos associamos a esse enfoque.
nossa compreensão de ÉTICA é a seguinte:
Conforme já dissemos, a eticidade está na percepção dos conflitos da vida psíquica (emoção x razão) e na condição, que podemos adquirir, de nos posicionarmos, de forma coerente, face a esses conflitos. Consideramos, portanto, que a ética se fundamenta em três pré-requisitos: 1) percepção dos conflitos (consciência); 2) autonomia (condição de posicionar-se entre a emoção e a razão, sendo que essa escolha de posição é ativa e autônoma); e 3) coerência.
Assim, fica caracterizado o nosso conceito de ética, reservando-se o termo eticidade para a aptidão de exercer a função ética.
Kant estabeleceu como pressuposto de sua moral a condição de livre escolha, fundamentando essa escolha na razão. Mas a razão também é um pressuposto, passível de avaliação de fora. O que é razoável (ou racional) para uns pode não ser para outros. Entendemos que nossa conceituação de ética, que não se atém apenas à racionalidade, é mais dinâmica e abrangente do que a kantiana.
Admitimos, entretanto, que, mesmo pretendendo pluralizar ao máximo o conceito de ética, distinguindo-o do de moral, não há como estabelecê-lo sem amarrá-lo a alguns valores preestabelecidos.
Fica então claro que o nosso conceito de ÉTICA está vinculado a: 1) percepção dos conflitos; 2) autonomia; e 3) coerência. Torna-se evidente, por exemplo, que, para nós, a postura religiosa não é autônoma, pois ela não se embasa nesses pré-requisitos, sendo na prática equivalente a um posicionamento moralista.
Entretanto, coerentemente com o enfoque dado mais acima à moral e à religião, mas, em função do pluralismo necessário para a aceitação de toda crença que não seja a nossa (8), haveremos de considerar autônomo também aquele que aparentemente opta pela obediência a determinadas regras, não lhe negando (a esse indivíduo) a condição de eticidade (situação do terceiro exemplo, por nós citado em capítulo anterior).
trabalhar. Freqüentemente, as pessoas encarregadas da elaboração dos códigos são extremamente moralistas, podendo, ainda, os códigos passarem a ser utilizados apenas para o exercício do poder institucional. Por outro lado, não é a punição normalmente prevista para os infratores desses códigos que modificará o indivíduo e o transformará em um ser ético: provavelmente ele não voltará a infringir o código por temor, não se tratando de experiência de um aprendizado ético. À nosso ver, o que mais se aproxima de um "Código de Ética" é a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Entendemos que um indivíduo se tornará ético quando puder compreender e interpretar o código de ética, além de atuar de acordo com os princípios por ele propostas. Caberá, entretanto, também ao indivíduo a possibilidade de discordar do posicionamento ético, devendo responsabilizar-se frente ao Conselho, justificando uma atuação diferente da proposta pelo código.
É justamente esse tipo de exercício que propiciará modificações nos códigos, não obstaculizando a evolução da sociedade. E a resolução do conflito ético permitindo o desenvolvimento.
Portanto, para ser ético não basta Ter-se o conhecimento do código de ética, pois a pessoa poderá atuar apenas de um modo moralista; são necessárias a assimilação e o amadurecimento de certos conceitos do que é ser um "ser humano", para que a pessoa evolua e se humanize.
Somente os indivíduos que elaboraram a proibição da atuação dos desejos edípicos, ou seja, aqueles que introjetaram o "não" como um ordenador mental (afetivo-cognitivo), podem estruturar o seu superego e desenvolver o seu ego. Por esse motivo, o seu ego, agora mais desenvolvido, poderá obter satisfações mais eficientes para suas necessidades, como também ter uma noção mais realista de suas fronteiras (noção de limites).
Gaylin (citado em 4) avalia que o interesse na ética se desenvolve quando não estamos seguros de qual a direção correta a ser seguida. Por esse motivo, quando os valores estão em conflito, existe uma necessidade de esclarecimento dos enfoques opostos, pois pode haver mais de uma resposta adequada para a mesma situação.
Como exemplo, poderíamos analisar a questão da operação para a mudança de sexo de um transsexual.
Algumas pessoas valorizam o pênis como a questão central da sexualidade, outras valorizam a representação mental que o indivíduo tem sobre a sua sexualidade, e outras ainda podem enfatizar a questão da autonomia do ser humano, sobrevindo então enormes conflitos éticos quanto à atuação do médico no que tange ao tratamento cirúrgico desses indivíduos. Na primeira hipótese, a presença de um pênis caracteriza indelevelmente a sexualidade masculina, excluindo-se todo tipo de intervenção (conduta paternalista). Nas outras hipóteses, já levando-se em conta o subjetivismo do paciente, a cirurgia seria, respectivamente, indicada ou aceita (autonomia).
Esse tipo de problema, trazido para uma abordagem ética, mostrando-se um leque enorme de respostas, vem corroborar as diferenças, já mencionadas, entre moral e ética, pois a moral apenas indica como deveríamos agir, apresentando-nos uma direção aprioristicamente tomada.
Sob outro ângulo, podemos avaliar a situação de termos uma norma moral muito arraigada, como por exemplo a de não matar. Pode sobrevir um conflito ético quando estivermos frente a um indivíduo com morte cerebral, trazendo dúvidas quanto à nossa atuação, desligando, ou não, os equipamentos que o estão assistindo. Conflito semelhante pode surgir frente às questões de suicídio assistido ou de suicídio.
Por outro lado, quando nos deixamos levar por nossas pulsões, também surgem problemas éticos; por exemplo, quando nos sentimos atraídos sexualmente por uma paciente e temos necessidade de atuar nesse desejo. Qual será a atitude ética correta: reprimir esses desejos e prosseguir o tratamento; reprimir o desejo mas encaminhar a paciente para um colega; ou, então, atuar nesse desejo? A questão não se resume exclusivamente ao desejo sexual, ela também ocorre quando sentimos medo de um paciente, ou quando não nos sentimos confortáveis para tratar alguém, ou ainda, quando temos raiva de uma pessoa a quem estamos prestando assistência.
Face a todas as reflexões, que são poucas diante da complexa problemática da eticidade, cremos que o princípio fundamental da ética deva passar basicamente pelo RESPEITO AO SER HUMANO, como sujeito atuante e autônomo.
Por essa razão, os Códigos de Ética das diferentes categorias de profissionais de saúde-médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, fisioterapeutas, odontólogos etc – fincam-se, todos eles, nas mesmas bases conceituais. Condições como a de respeito à privacidade, à livre escolha do profissional por parte do paciente, do consentimento informado, permeiam todos esses estatutos legais. Eles devem ajustar-se, continuamente, às situações novas que a evolução científica e tecnológica nos apresenta, como ocorre com a engenharia genética, a reprodução assistida, os transplantes de órgãos e a manutenção artificial de certas funções vitais.
Nas sociedades democráticas os códigos de ética representam a consolidação dos princípios éticos assumidos por uma sociedade. Considerando, entretanto, que os principios são mutáveis, temos que os códigos são habitualmente retrógrados com relacão ao pensar ético, pois eles se referem a experiências passadas, recomendando-se, conseqüentemente, sua análise crítica e revisão periódica face à necessidade de se "olhar" para o presente.
Esses aspectos, pragmáticos e extremamente importantes na aplicação da ética, não cabem neste breve discurso, podendo vir a ser objeto de outro trabalho.

TERMOS CIENTÍFICO

A

Abasia – perda parcial ou total da marcha, sem distúrbio da força muscular; em geral, coincide com a incapacidade de ficar em pé (astasia);
Abatimento – diminuição acentuada de sensações ou atos dependentes da ação nervosa: movimento, sensações, entendimento, afecções e instintos, ligados à influências físicas ou morais muito intensas, prolongadas ou nocivas que atuam sobre o sistema nervoso central;
Abdome agudo – afecção aguda do peritôneo ou de um órgão ou estrutura, localizada no abdome, que exige in]mediata intervenção cirúrgica;
Abdominocentese – punção do abdome, para esvaziar líquido ou pus.
Abdução - afastamento de um membro do eixo do corpo.
Ablepsia - cegueira.
Abrasão - esfoladura, arranhão.
Absorção- penetração de liquido pela pele ou mucosa.
Abstinência- contenção, ato de evitar.
Abentérico – situado fora do intestino;
Ablação – remoção de uma estrutura como um pólipo, um tumor, parte de um órgão, de um membro por amputação, excisão, etc;
Ablactente – que está no fim da lactação, entre 01 e 02 anos de idade;
Ablefaria- ausência de pálpebra;
Ablepsia – cegueira, perda da visão;
Abléptico- cego;
Ablução- lavagem, ducha; banho, atuo ou efeito de abluir;
Abraquia- ausência ou falta congênita de braços;
Abreugrafia – raio – X de tórax;
Abcesso – coleção localizada de pus; pus acumulado numa cavidade formada nos tecidos ou num órgão cavitário, devido a um processo inflamatório;
Abstêmio – que não toma bebidas alcoólicas;
Abulia – Alteração patológica caracterizada por diminuição ou supressão da vontade;
Acantose – hipertrofia ou espessamento da camada de células espiculadas da pele;
Acefalia – ausência de cabeça;
Acesso - repetição periódica de um fenômeno patológico.
Acinésia - impossibilidade de movimentos voluntários, paralisia.
Acinesia - lentidão dos movimentos ou paralisia parcial.
Acne- espinha, erupção papular, pustulosa ou nodular, resultado da inflamação das estruturas pilossebáceas;
Acnemia – ausência congênita de pernas;
Acnite – pequeno tumor da pele;
Acrinia – ausência de secreção;
Acrodontia – posição de dentes diretamente soldados na d]borda superior dos maxilares, ao invés de nos alvéolos;
Acrofobia – medo de altura;
Acrogeria – estado mórbido caracterizado por envelhecimento prematuro da pele das mãos e dos pés;
Acromegalia – afecção provocada pela hiperfunção da hipófise e caracterizada pelo aumento dos ossos e partes moles dos membros e da face;
Acromia – diminuição ou ausência de pigmentação da pele (albinismos – acromia congênita);
Acrotia – ausência de pulso;
Acuidade – grande sensibilidade dos órgãos dos sentidos;
Adefagia – voracidade, bulimia, apetite incansável, gula;
Adenoma – tumor,geralmente benigno;
Adinamia – estado de prostração física e/ou moral, debilidade geral, falta de forças, astenia extrema;
Adipsia – falta de sede, rejeição anormal de bebidas;
Aerocolia – acúmulo de gases no colo, distendendo-o;
Aerofagia – hábito de deglutir o ar, que surge em algumas pessoas, especialmente as que sofrem de dispepsia ou de certos estados ansiosos;
Afagia – perda da capacidade de deglutir;
Afasia – perda do poder de expressão pela fala, pela escrita ou pela sinalização, ou da capacidade de compreensão da palavra escrita ou falada, por lesão cerebral e sem alteração dos órgãos vocais;
Afebril- indivíduo com temperatura normal, ou seja, sem febre;
Afecção – doença, moléstia, enfermidade, qualquer condição patológica;
Afonia – perda da voz;
Aforese – falta de secreção sudoral;
Agalactia – falta de secreção láctea da glândula mamária, agalactose;
Agitação,- atividade motora exagerada, com excitação ou confusão mental;
Agitofasia – deficiência na percepção, incompreensão de sensações, rapidez excessiva na fala, em que as palavras ou sílabas são omitidas inconscientemente, ou são pronunciadas de modo imperfeito;
Aglutição,- incapacidade de engolir;
Agnosia – perda de capacidade de reconhecer as características dos objetos por meio dos sentidos: tato, gosto, olfato, visão e audição;
Agorafobia – sensação de medo de estar só em espaço aberto;
Alalia – mutismo devido à paralisia ou defeito dos órgãos vocais;
Alexia – incapacidade de ler devido a lesão cerebral;
Algedo – dores na região vesical, nos testículos e ânus;
Algesia – sensibilidade á dor;
Algia – dor;
Algidez -resfriamento das extremidades.
Álgido -frio.
Alginurese- micção dolorosa;
Algor – frio intenso;
Alocinesia – alteração na motilidade em que o miovimento quye se faz no sentido oposto ao que o paciente pretende; movimento reflexo;
Aloftalmia- diferença de coloração da íris nos dois olhos;
Alopecia- queda geral ou parcial dos pêlos, principalmente dos cabelos, podendo extremar-se na calvície;
Alucinação – percepção errônea dos sentidos sem fundamento objetivo. Pode ser auditiva, visual, tátil, cinestésica.
Amastia – ausência de mamas;
Amaurose – perda total da visão;
Amenorréia- ausência de fluxo menstrual;
Amiastenia – falta de força, astenia muscular;
Amnésia –perda ou enfraqueciemnto da memória; pode ser temporária ou permanente;
Amniorrexe – ruptura do âmnio;
Analgesia- ausência de sensibilidade dolorosa;
Anamnese – antecedentes ou comemorativos de uma doença ou de um paciente em exame, incluindo seu passado, desde a época infantil, e seus antecedentes hereditários;
Anasarca – acúmulo generalizado de líquidos entre os tecidos; edema generalizado;
Anencefalia- ausência de encéfalo;
Anepia – impossibilidade de falar;
Aneurisma- dilatação circunscrita de uma artéria devido à diminuição da resistência da parede do vaso e ectasia gradual provocada pela pressão sanguínea;
Angina- sensação de aperto, sufocação; qualquer inflamação de caráter agudo na faringe, dor constritiva, intensa no peito que se irradia para o braço esquerdo, produzida por isquemia do miocárdio;
Anorexia- falta de apetite, fastio, inapetência;
Anurese- retenção de urina na bexiga; anúria;
Anúria- supressão da secreção ou eliminação da urina, devido a lesões renais ou obstrução mecânica;
Apirexia- cessação da febre;
Apnéia- suspensão transitória da respiração;
Aponeurose- membrana fibrosa, de colágeno que envolve os músculos;
Apoplexia – paralisia súbita ou cessação das funções cerebrais por extravasamento sanguíneo no cérebro;
Artralgia – dor nas articulações;
Artrite- inflamação dos tecidos das articulações;
Artrose- processo crônico de degeneração das articulações;
Ascite- derrame de líquido na cavidade peritoneal. Geralmente, é um sintoma de insuficiência renal, cardíaca, de cirrose hepática e outros.
Asfixia – suspensão da respiração, anóxia, sufocação;
Assepsia- ausência de micróbios ou matéria séptica; profilaxia ou prevenção de invasão de microorganismo;
Astenia- ausência ou perda de força muscular; fraqueza muscular freqüente na fase invasiva de doenças infecciosas;
Ataxia – perda da faculdade de coordenar as movimentos voluntários;
Atelectasia – falta de dilatação; expansão incompleta dos pulmões por ocasião do nascimento; colapso pulmonar mecânico por compressão ou reflexo;
Aterosclerose- forma de arteriosclerose em que a íntima está, sobretudo, acometida com produção de massas ateromatosas na luz do vaso, com gotículas de gordura;
Atrepsia – atrofia do lactente; caquexia em conseqüência de danos nutritivos;
Atresia – imperfuração; fechamento de abertura de orifício normal;
Atrofia – diminuição do tamanho de um órgão ou de um organismo ou das células de um tecido;
Automedicação- prática popular de medicação sem orientação médica, em que o paciente medica a si próprio sem ter conhecimento profissional para faze-lo;
Autópsia- exame das partes de um cadáver humano; necropsia;

B

Balanite -inflamação da glande ou da cabeça do pênis.
Balanopostite - inflamação da glande e do prepúcio.
Balanocele- protusão da glande através de ruptura do prepúcio;
Bandagem- colocação de atadura; ato de enfaixar;
Barifonia- dificuldade de falar, fala entre-cortada;
Barognose – incapacidade de perceber o peso dos objetos;
Batarismo – perturbação da linguagem; gaguejo, tipo de dislalia em que as palavras são pronunciadas de forma precipitada;
Berne- tumor produzido pela larva da mosca;
Benigno - que não ameaça a saúde nem á vida.Não maligno, como certos tumores, inócuo.
Bilioso - referente á bile, peculiar a transtornos causados por excesso de bile.
Binasal -referente a ambos os campos visuais nasais.
Biópsia- extirpação de um fragmento de tecido vivo com finalidade diagnóstico.A peça extirpada dessa maneira.
Blefarite - inflamação das pálpebras.
Blenofitalmia - secreção mucosa nos olhos.
Blenorréia - secreção abundante das mucosas, especialmente da vagina e uretra.
Blenúria - presença ou excesso de muco na urina.
Bócio- papo, papeira, aumento de volume da glândula tiróide;
Bradicardia – lentidão anormal dos batimentos cardíacos, até menos de 60 batimentos por minuto;
Bradipnéia - movimento respiratório abaixo do normal.
Braquialgia - dor no braço.
Broncopneumonia- pneumonia com origem nos brônquios;
Bronquiectasia- dilatação crônica dos brônquios ou dos bronquíolos, por processo inflamatório ou degenerativo;
Bronquite- inflamação, geralmente infecciosa, do revestimento interno dos brônquios, com secreção abundante de muco;
Bulimia- fome voraz; ingestão de grande quantidade de alimento, compulsivamente, seguida de purgação.

C

Cãibra- contração muscular espasmódica, involuntária e dolorosa, que ocorre freqüentemente nos membros; pode também afetar os órgãos internos;
Calvície – ausência de cabelos;
Canície- alvura dos cabelos, velhice;
Caquexia- fraqueza extrema produzida por doenças prolongadas ou altamente consuntivas, com o câncer, a tuberculose e outras;
Cardialgia- dor no estômago, localizada na sua parte superior, junto da cárdia; dor no coração;
Cardiomegalia- aumento patológico do volume do coração, quer por dilatação quer por hipertrofia;
Cardiopatia- nome genérico das doenças do coração;
Cardite- inflamação do coração;
Cataplexia- perda súbita do tono muscular, com queda ao chão; apoplexia fulminante;
Causalgia- dor pungente, como a das queimaduras;
Cefalalgia ou cefaléia – dor de cabeça;
Cerume- secreção cérea das glândulas sebáceas e sudoríparas do conduto auditivo externo; cera do ouvido;
Cianose- coloração azul da pele, particularmente evidente na orelha, lábios e unhas, quando o sangue não é adequadamente oxigenado nos pulmões;
Cicatriz- lesão permanente, resultante da reparação da epiderme e derme, ulceradas ou destruídas;
Cicatrização – nome dado ao processo de reparação ou de cura de uma ferida, úlcera ou solução de continuidade de um tecido;
Cistite- inflamação da bexiga;
Cisto- tumor com conteúdo líquido, semilíquido ou pastoso; termo para indicar relação com saco, cisto ou vesícula;
Cistocéle - hérnia de bexiga.
Cistostomia. - abertura de comunicação da bexiga com o exterior.
Claudicação -fraqueza momentânea de um membro.
Clister - introdução de pequena quantidade de água, medicamento ou alimento no intestino.
Cloasma - manchas escuras na pele, principalmente na face da gestante.
Claustrofobia- medo mórbido de permanecer em ambientes fechados;
Climatério- idade crítica; conjunto de alterações somáticas e psíquicas que se observa no final do período reprodutor da mulher, principalmente a partir da menopausa;
Coagulação - espessamento de um liquido formando coágulo.
Colecistectomia - remoção da vesícula biliar.
Colecistite - inflamação da vesícula biliar.
Cólica - dor espasmódica.
Copalgia- dor vaginal;
Colpite- inflamação na vagina;
Colostomia - abertura artificial para saída de fezes a nível do cólon.
Colpoperineorrafia - operação reparadora em torno da vagina e períneo.
Coma- estado de profunda inconsciência, com abolição da sensibilidade e da motilidade, observada nos casos de traumatismo, toxemia maciça, uremia, graves distúrbios do equilíbrio ácido-básico e outros;
Consciência – estado de vigília do indivíduo no qual ele pode apreciar ou responder aos estímulos recebidos por seus órgãos dos sentidos; o indivíduo está orientado no tempo e no espaço, ciente do próprio estado mental;
Constipação- prisão de vente, uma série de afecções como coriza, manifestações gripais, resfriados ou de ordem intestinal.
Contusão- lesão produzida por pancada em tecidos vivos;
Convulsão- contração violenta ou uma série de contrações rápidas e involuntárias dos músculos esqueléticos, podendo haver perda de consciência;
Coprofagia- ingestão de fezes;
Coriza- inflamação catarral da mucosa das fossas nasais, com secreção abundante de muco;
Corrimento – secreção anormal e abundante de certos órgãos; corrimento nasal, vaginal, etc;
Colúria - presença de bilirrubina ou bílis na urina.
Congênito- doença herdada no nascimento.
Congestão -acúmulo anormal ou excessivo de sangue numa parte do organismo.
Contaminação - presença de micróbios vivos.
Contratura - rigidez muscular.
Convalescença - caminha para o restabelecimento.
Coprólito - massa endurecida de matéria fecal nos intestinos.
Cordialgia - dor no coração.
Costal - relativo as costelas.
Curativo compressivo - curativos nas feridas que sangram.
Curativo frouxo -curativo em feridas que supuram.
Curativo seco - feito apenas com gaze.
Curativo úmido -quando há aplicação de medicamentos líquidos ou úmidos.
Cutâneo -referente a pele.
Criptorquidia- localização do testículo fora da bolsa escrotal;
Curetagem- métodod em que consiste em raspar a superfície de uma mucosa com a finalidade de retirar certas áreas doentes;


D

Dacriadenite- inflamação da glândula lacrimal;
Dactilite - inflamação de um dedo, ou artelho
Daltonismo- perturbação da visão em que não se distingue uma ou mais cores, como o verde, o vermelhoe o azul.
Deambular – andar, marchar, mover, passear;
Debilidade- fraqueza, falta de forças;
Debilidade mental- grau leve de deficiência mental;
Debridamento - limpeza de um tecido do infectado ou necrótico de um ferimento.
Decúbito- posição do corpo quando deitado. Pode ser lateral, dorsal ou ventral.
Defecação- eliminação de fezes pelo intestino;
Deficiência mental- é um estado de parada ou de desenvolvimento intelectual incompleto; oligofrenia;
Definhamento- emagrecimento;
Defletido- que está muito inclinado para trás;
Deformidade- deformação, alteração acentuada da forma ou do aspecto do corpo ou de uma parte do corpo ou de um órgão ou de uma parte do órgão, adquirida através de doença, trauma, distúrbio funcional, posição viciosa e outros; pode ser também de natureza congênita.
Deglutição- ato de engolir; fase em que o alimento se desloca da boca para o estômago , passando pelo esôfago;
Deiscência- abertura de um órgão para saída de sementes ou produtos nele gerados;
Dejeção- evacuação de matéria fecal;
Delírio- estado de alteração da consciência, acompanhado por linguagem incoerente, ilusões, alucinações e atividade muscular desordenada. Pode ser conseqüência de um distúrbio mental, estado febril, intoxicação, etc.
Demência – enfraquecimento ou perda rápida ou lenta das funções psíquicas (memória, inteligência, etc) com alteração da personalidade;
Depleção- ato de remover ou diminuir líquidos; estado de exaustão decorrente da perda de quantidade excessiva de sangue;
Dermatite- inflamação da pele;
Desmaio- ato de desmaiar, desfalecimento, síncope;
Diérese- separação de partes que estão normalmente unidas;
Dilatação- aumento do volume, de espaço ou de calibre;
Diplegia- paralisia que afeta a metade do corpo, incluindo 02 membros desse lado ou 02 metades de uma região;
Diplopia- visão dupla, em que os objetos parecem duplos;
Disacusia – sensação de incômodo na audição; estado em que os sons provocam mal-estar;audição imperfeita;
Disartria- articulação imperfeita das palavras, inclusive podendo ser por lesão de ordem cerebral. Comum em pacientes alcoólatras, psiquiátricos e/ou com problemas neurológicos.
Discinesia- dificuldade na realização de movimentos, qualquer que seja a causa, como espasmos, incoordenação e outros; perturbação da motilidade.
Disfagia -dificuldade de deglutir.
Disfasia- pertubação da linguagem, devido á tensão no sistema nervoso central; dificuldade de falar.
Disfonia -distúrbio na voz.
Disforia- mal-estar, ansiedade.
Dislalia- perturbação na articulação de palavras;
Dislexia- distúrbio na capacidade de ler, em que o paciente não entende a leitura.
Dismenorréia -menstruação difícil e dolorosa.
Dispaneuria – coito doloroso para a mulher.
Distocia- perturbação no trabalho de parto; parto difícil.
Dispnéia - falta de ar, dificuldade para respirar.
Dispnéico -com dispnéia.
Disquesia - evacuação difícil e dolorosa.
Disseminado -espalhado.
Distensão - estiramento de alguma fibra muscular, intumescimento ou expansão.
Distrofia -perturbação da nutrição.
Disúria - micção difícil e dolorosa.
Diurese - secreção urinaria ou volume de urina coletado.

E

Ecopraxia - repetição dos movimentos ou maneirismo de outra pessoa.
Ectasia – dilatação patológica de um vaso, canal ou órgão.
Ectopia- anomalia congênita ou não, relacionada à posição ou localização de um órgão, como na gravidez ectópica em que o produto da concepção está fora do útero.
Eczema- alteração cutânea caracterizada por formação de vesículas, rubefação, exsudação, formação de crostas e descamação, acompanhada de prurido, e provocada por muitas causas (tóxicas, irritativas, metabólicas, etc).
Edema - retenção ou acúmulo de líquidos no tecido celular.
Emese - ato de vomitar.  
Endofebite- inflamação da túnica íntima de uma veia.
Enfisema- distensão gasosa no tecido conjuntivo de um órgão.
Enema - clister, lavagem, introdução de líquidos no reto.
Enteralgia - dor intestinal.
Entérico - relativo ao intestino.
Enterocolite- inflamação do intestino delgado e grosso.
Enurese -incontinência urinaria noturna; micção involuntária ou inconsciente.
Enxaqueca - dor de cabeça unilateral.
Epigastralgia - dor no epigástrio.
Epigástrio - porção média e superior do abdômen
Episiorrafia - sutura no períneo ou dos grandes lábios.
Episiorragia - hemorragia perineal.
Episiotomia - incisão lateral do orifício vulvar para facilitar o parto.
Epistaxe - hemorragia nasal.
Epistótomo - contrações musculares generalizados com encurvamento do corpo para frente.
Equimose - extravasamento de sangue por baixo dos tecidos "manchas escuras ou avermelhadas"; pequeno derrame sanguíneo debaixo da pele.
Eritema - vermelhidão na pele.
Eructação - emissão de gases estomacais pela boca,arroto.
Erupção na pele - avermelhamento da pele com vesículas.
Erupção - lesão, amarela ou enegrecida que se forma nas queimaduras ou feridas infectadas.
Erupção - lesões visíveis na pele.
Escabiose – moléstia cutâneas contagiosa, caracterizada por lesão multiformes, acompanhadas por prurido intenso.
Escara de decúbito - úlcera perfurante em região de proeminências ósseas.
Esclerodermia - afecção cutânea com endurecimento da pele.
Esclerose - endurecimento da pele,devido a uma proliferação exagerada  de tecido conjuntivo.Alteração de tecidos ou órgãos caracterizado pela formação de tecidos fibroso; endurecimento dos vasos ou perda de elasticidade.
Escoriações - abrasão, erosão, perda superficial dos tecidos.
Escótomo cintilante - pontos luminosos no campo visual, na hipertensão arterial.
Escótomo - ponto cego no campo visual.
Escrotal - relativo ao escroto.
Escrotite - inflamação do escroto.
Escroto - saco de pele suspenso na região do períneo e que aloja os testículos e os epidídimos.
Escrotocele - hérnia do escroto.
Esfacelo- necrose, gangrena
Esfacelodermia - gangrena da pele.
Esfenoidal - referente ao esfenóide.
Esfenóide - osso situado no centro do assoalho do crânio
Esfígmico - brelativo ao pulso.
Esfigmocardiógrafo - aparelho que registra graficamente os movimentos do pulso e do coração.
Esfignomanometro - aparelho para verificar a pressão arterial.
Esfimógrafo - aparelho que registra graficamente os movimentos do pulso.
Esfíncter - músculo circular que constrói o orifício de um órgão.
Esfincterolgia - dor no esfíncter.
Esfíncteroplastia - reparação cirúrgica de um esfíncter.
Esfíncterotomia - divisão dos músculos de um esfíncter.
Esfoliação - desprendimento de tecido necrosado sob a forma de lâminas.
Esfregaço cervical - esfregaço das secreções mucosas do colo do útero.
Esfregaço - material espalhado numa lâmina de vidro para exame.
Esmalte - camada externa dos dentes.
Esmegma - secreção caseosa em redor do prepúcio ou dos pequenos lábios.
Esofagismo - espasmo do esôfago.
Esôfago - tubo longo situado atrás da traquéia e pelo qual caminham os alimentos para irem ao estômago.
Esofagocele - hérnia do esôfago.
Esofagomalácia - amolecimento do esôfago.
Esofagoptose - prolapso do esôfago.
Esofagoscópio - instrumento para exame visual do esôfago.
Esofagostenose - estreitamento do esôfago.
Esofagostomia - abertura de comunicação entre o esôfago e o exterior. Formação de uma fistula esofagiana.
Esofagotomia - incisão do esôfago.
Espasmo - contrações involuntárias, violenta e repentina de um músculo ou grupo de músculo;pode acometer as vísceras ocas como estômago e os intestinos.
Espasmódico - rígido, com espasmo.
Espasmofilia - tendência aos espasmos e ás convulsões.
Espasmolítico - medicamento que combate o espasmo.
Espástico - em estado espasmódico.
Especulo - instrumento para examinar o interior de cavidades como a vagina, reto, ouvido.
Espermatite - inflamação do canal deferente.
Espermatocistite - inflamação da vesícula seminal.
Espermatorréia - incontinência de esperma.
Espermatúria - presença de esperma na urina.
Espermicida - que destrói o espermatozóide.
Espirômetro - aparelho que mede a capacidade respiratória dos pulmões.
Esplenectopia - queda do baço.
Esplenelcose - úlcera do baço.
Esplenite - inflamação do baço.
Esplenocele - hérnia do baço.
Esplenoctomia - extirpação do baço.
Esplenodimia - dor no baço.
Esplenomalácia - amolecimento do baço.
Esplenomegalia - aumento do volume do baço.
Esplenopatia - afecção do baço.
Esplenopexia - fixação cirúrgica do baço.
Esplenotomia - incisão no baço.
Espondilalgia - dor nas vértebras.
Espondilartrite - inflamação das articulações vertebrais.
Espondilite - inflamação de uma ou mais vértebras.
Esposticidade - capacidade de entrar em espasmo.
Esprometria – medida da capacidade respiratório dos pulmões.
Esputo - escarro, material expectorado.pode ser mucótico, mucopurolento,purulento, hemorrágico, espumoso.
Esqueleto - o arcabouço ósseo do corpo.
Esquinência - qualquer doença inflamatória da garganta.
Estado de mal asmático - ataque severo de asma, que dura mais de 24 horas e quase impede a respiração.
Estado de mal - crises contínuas, uma se emendando na outra.
Estado epilético - uma sucessão de ataques epiléticos graves.
Estado - período, fase.
Estafiledema- edema da úvula.
Estafilete - inflamação da úvula.
Estafilococemia - presença de estafilococos no sangue.
Estafilococos - bactérias em forma de cachos de uva.
Estafiloplastia - cirurgia plástica da úvula.
Estafilorrafia - sutura da úvula.
Estase intestinal- demora excessiva das fezes no intestino.
Estase - estagnação de uma liquido anteriormente circulante.
Esteatoma – lipoma, tumor de tecido gorduroso.
Esteatorréia- evacuação de fezes descoradas, contendo muita gordura.
Esteatose - degeneração gordurosa.
Estenose do piloro - estreitamento do piloro.
Estenose - estreitamento.
Estercólito - fecólito, massa dura e compacta de fezes "cibalo".
Estereognose - reconhecimento de um corpo pelo tato.
Estéril - incapaz de conceber ou de fecundar - em cirurgia livre de qualquer micróbio.
Esterilização - operação pela qual, uma substância ou um objeto passa a não conter nenhum micróbio.
Esterização - anestesia pelo éter
Estermitatório - que provoca espirro.
Esternal - relativo ao osso externo.
Esternalgia - dor no esterno.
Esterno - o osso chato do peito.
Esternutação – espirro.
Estertor - ruído respiratório que não se ouve á auscultação no estado de saúde.Sua existência indica um estado mórbido.
Estertorosa - respiração ruidosa.
Estetoscópio - aparelho para escuta, ampliando os sons dos órgão respiratórios ou circulatórios.
Estomacal - estimulante do estômago.
Estômago - a porção dilatada do canal digestivo aonde vão ter alimentos que passam pelo esôfago.
Estomatite - inflamação da boca.
Estomatorragia- hemorragia da boca.
Estrabismo - falta de orientação dos eixos visuais para o objeto, devido a falta de coordenação dos músculos motores oculares.
Estrangúria - micção dolorosa.
Estreptococo - gênero de bactéria gram-positiva que se apresentam em forma de cadeia ou rosário.
Estrias - cicatrizes na pele do abdômen ou da cocha, pela dilatação das fibras na gestação ou parto. 
Estritura - estreitamento de uma canal.
Estrófulo - dermatose benigna, comum no recém-nascido.
Estrumite - inflamação da glândula tiróide.
Estupor - inconsciência total ou parcial, mutismo sem perda da percepção sensorial; estado intermediário entre a obnubilação e o coma.
Estutor - inconsciência total ou parcial.
Eteromania - embriagues habitual pela inalação de éter.
Etilismo - vício do uso de bebidas alcoólicas, intoxicação crônica pelo álcool etílico.
Etilista - alcoólatra.
Etiologia - estudos das causas da doença.
Etmóide - osso cito no assoalho do crânio ao lado esfenóide.
Euforia - sensação de bem estar.
Eupnéia - respiração normal.
Eupnéia - respira normal
Eutanásia - morte tranqüila, facilitando da morte nos casos incuráveis.É proibida pela ética médica e pela lei.
Eutócia - parto natural.
Eutrofobia - boa alimentação.
Evacuante - medicamento que produz evacuações de um órgão, seja purgativo, vomito, diurético ou outro.
Eventração - hérnia do intestino na parede abdominal; saída total ou parcial de vísceras na parede abdominal, mas a pele continua íntegra.
Evisceração - remoção de vísceras; saída das vísceras de sua situação normal.
Exacerbação- agravação dos sintomas.
Exantema - deflorência cutânea, qualquer erupção cutânea.
Excisão - corte ou retirada de um órgão ou parte dele.
Excitabilidade - capacidade de reagir a um estimulo.
Excreta - os resíduos eliminados do corpo.
Exérese- retirada cirúrgica de um órgão ou parte dele; separação de elementos anatômicos.
Exftalmia - projeção dos olhos para fora.
Exodontia - extração de dentes.
Exostose - projeção óssea para fora da superfície do corpo.
Expectação - ato de deixar.
Expectoração - expelir secreção pulmonar"escarro".
Expectorante - medicamento que promove a expulsão de catarro e mucosidade da traquéia e brônquios.
Exsudato - substância liquida eliminada patológicamente.
Extirpação - retirada completa.
Extrofobia - reviramento de um órgão para fora.


F

Fadiga - cansaço, esgotamento.
Falalgia- dor no pênis.
Falange- cada um dos pequenos ossos dos dedos das mãos e dos pés.
Falo -pênis.
Faringectomia - ablação cirúrgica da faringe.
Faringite - inflamação da faringe.
Faringodímia – dor na faringe.
Faringoplegia - paralisia dos músculos da faringe.
Faringoscópio- instrumento para exame da faringe.
Faringotomia - incisão da faringe.
Fastígio - o ponto máximo da febre.
Fatal - causador de morte, desastroso.
Febre cerebral - meningite.
Febre de feno - manifestação alérgica, com renite e ligeira febre.
Febre entérica - febre tifóide.
Febre eruptiva - qualquer doença febril que se acompanha de erupção na pele.
Febre glandular - mononucleose infecciosa.
Febre intermitente - alternativas de febre e temperatura normal.A malária, por exemplo, produz febre intermitente, com intervalos certos.
Febre recorrente - alguns dias com febre, seguidos de outros sem febre e novamente outros com febre.
Febre remitente - febre que apresenta melhoras ou diminuição, mas sem chegar a desaparecer.
Febrícula - febre pouco elevada e passageira.
Febrífugo - que afasta a febre.
Fecalóide - semelhante ás fezes.
Fecaloma- massa fecal endurecida, formada no intestino, em casos de retenção fecal prolongada.
Fenestrado - com aberturas ou janelas.
Feocromocitoma - tumor das glândulas supra-renais, que produz elevação da pressão arterial.
Ferida cirúrgica - a incisão cirúrgica asséptica.
Ferida incisiva - corte.
Ferida infectada - aquela em que há micróbios.
Ferida lacerada - quando há arrancamento ou laceração dos tecidos.
Ferida perfurada - ferida produzida pela penetração de objeto perfurante.
Ferida séptica - ferida infectada.
Ferida - lesão.
Fétido - mal cheiro.
Feto a termo - feto em condições de nascer, com aproximadamente 280 dias de gestação.
Feto - o produto da concepção a partir do 4º mês de vida intra-uterina.
Fibrilação auricular - fibrilação cardíaca
Fibrilação - tremor muscular, a fibrilação cardíaca é mortal.
Fibroma- tumor constituído de tecido fibroso.
Fibrose- degeneração fibróide.
Fíbula - outro nome do osso rótula(joelho).
Filático - que protege.
Filaxia – proteção, defesa.
Filiforme - em forma de fio.
Filopressão - compressão de uma vaso sanguíneo por um fio.
Fimatose - tuberculose.
Fimose - estreitamento do orifício do prepúcio, este não pode ser puxado para traz.
Fisiatria - fisioterapia, tratamento por meios físicos.
Fisiologia - estudo das funções do organismo.
Fissura do ânus - pequena fenda ulcerada na mucosa do ânus.
Fissura - fenda.
Fissura - ulceração de mucosa.
Fístula cega - fístula em que uma das extremidades é fechada.
Fistula - canal em forma de tubo e que normalmente não existe no organismo.
Fistulótomo - instrumento para incisão de fístulas.
Flácido - mole, caído.
Flambagem - ato de imergir o objeto em álcool e deitar fogo.
Flato - ar ou gases no intestino.
Flatulência - distensão do intestino pelo acúmulo de fezes e gazes.
Flatulência - distensão dos intestinos por gases.
Flebectomia - extirpação de uma veia.
Flebite - inflamação de uma veia.
Fleborrexe - ruptura de uma veia.
Flebosclerose - esclerose das veias.
Flebotomia - incisão de uma veia, venosecção.
Flegmasia - inflamação.
Flictema - levantamento da epiderme, formando pequenas bolhas.
Flictema - vesícula, pequena bolha cheia de liquido.
Flogístico - inflamatório.
Flogorgênico - que provoca inflamação.
Flogose - inflamação.
Fobia - temor mórbido, sem motivo.
Foco - sede principal de uma doença.
Foliculite - inflamação de folículos.
Folículos - órgão microscópio existente no ovário, e que ao amadurecer forma o óvulo, também pequeno saco ou cavidade.
Fomentação - aplicação quente e úmida.
Fontanela - ou "moleira", parte não ossificada dos ossos do crânio em crianças até 10 á 12 meses.
Forame - orifício, abertura.
Fórceps obstétrico - fórceps para aprender o feto e apressar ou facilitar o parto.
Fórceps - pinça.
Fratura cominutiva- fratura em que o osso de divide em mais de dois fragmentos.
Fratura espontânea - fratura óssea por rarefação(osteoporose) ou por outra doença óssea.
Fratura exposta - fratura com ruptura da pele e tecidos.
Fratura - divisão de ossos.
Frenalgia - dor no diafragma.
Frenite - inflamação no diafragma.
Frontal - osso da frente no crânio.
Ftiríase – infecção por piolhos.
Fulminante - de marcha rápida e fatal.
Fumigação - desinfecção por meio de gases.
Funda - aparelho para manter a hérnia no lugar.
Fungicida - que mata os fungos.
Fungo- cogumelo parasito.
Furúnculo - infecção e inflamação de um folículo piloso; pequeno abcesso provocado por bactérias.
Furunculose - aparecimento de vários furúnculos.


G


Galactagogo - que estimula a secreção de leite.
Galactemia- presença de leite no sangue.
Galactocelo - dilatação da glândula mamária em forma de cisto cheio de leite.
Gânglio linfático - é um nódulo ou um aglomerado de tecidos linfóide, dividido em compartimentos por um tecido fibroso.
Gangliomite - inflamação do gânglio.
Gangrena de raynound - gangrena simétrica das extremidades.
Gangrena - necrose maciça dos tecidos devido á falta de irrigação sanguínea.
Garrote - curativo compressivo para deter hemorragia, faz-se com um torniquete, é preciso afrouxar a cada hora, para evitar isquemia e gangrena.
Gastralgia - dor de estômago.
Gastrectomia - excisão de parte do estômago em casos de úlcera, câncer...
Gástrico - relativo ao estômago.
Gastrite - inflamação do estômago.
Gastrocele - hérnia do estômago.
Gastrocolotomia - incisão do estômago e do cólon.
Gastrocópio - instrumento para examinar o interior do estômago, mediante a introdução pelo esôfago de um foco luminoso e um espelho.
Gastroduodenite - inflamação do estômago e do duodeno.
Gastroenterite - inflamação simultânea do estômago e do intestino.
Gastro-hepatico - relativo ao estômago e ao fígado.
Gastrolgia - dor de estômago.
Gastrólito - presença de cálculo no estômago.
Gastromalácia - amolecimento do estômago.
Gastropatia - qualquer doença ou distúrbio do estômago
Gastropexia - operação para fixação do estômago caído.
Gastroplastia - operação plástica mo estômago.
Gastroplegia - paralisia do estômago.
Gastroptose - prolapso do estômago.
Gastrorrafia - sutura do estômago.
Gastrorragia - hemorragia pelo estômago.
Gastrorréia secreção- excessiva pelo estomago.
Gastroscopia - exame do interior do estomago.
Gastrostomia - abertura de uma fístula gástrica.
Gastrosucorréia - excessiva secreção de suco gástrico pelo estomago.
Gastrotaxia - hemorragia no estomago.
Gastrotomia - incisão do estomago.
Gemioplástia - cirurgia plástica do queixo.
Genal - relativo á bochecha.
Gengivite - inflamação da gengiva.
Genitália - os órgãos genitais.
Genoplástia - cirurgia plástica da bochecha.
Geofagia – hábito vicioso de comer terra ou argila.
Geriatria - estudo das doenças dos velhos.
Germicida - que mata os germes.
Gerodermia- pele seca e rugosa; pele de idoso.
Gigantismo - doença causada pelo excesso da função hipófise.
Ginatresia- atresia ou imperfuração da vagina.
Ginecomastia- desenvolvimento excessivo da glândula mamária do homem.
Glabra – sem pêlos.
Glândula - órgão que segrega um produto específico.
Glaucoma- afecção ocular com aumento da tensão ocular, atrofia e cegueira.
Glicosúria - presença de açúcar na urina normalmente isto não deve ocorrer.
Glomerulite - inflamação dos glomérulos do rim.
Glossalgia - dor na língua.
Glossite - inflamação da língua.
Glúteo - referente ás nádegas.
Gnatalgia- dor no queixo ou queixada.
Gonartrite- inflamação da articulação do joelho
Granuloma- tumor constituído de tecido de granulação; tumor de encistamento conseqüente à reação orgânica do ápice dentário, nos dentes com canal obturado e enervado.

H

Hafalgesia- sensibilidade dolorosa ao toque ou tato.
Hálito diabético - hálito adocicado, cheiro de maça estragada.
Halitose - mau hálito.
Hallux - dedo grande do pé.
Hedratesia- imperfuração do ânus.
Hecrocele- hérnia ou prolapso do intestino através do ânus.
Hemangioma- pequeno tumor formado de vasos sanguíneos.
Hematêmese - vômito com sangue.
Hematoma- extravasamento de sangue fora da veia.
Hematúria - presença de sangue na urina.
Hemeralopia - cegueira diurna, diminuição da visão á luz do dia.
Hemianalgesia - analgesia de um lado ou de uma metade do corpo.
Hemicolectomia - remoção cirúrgica de metade do cólon.
Hemicrânea- enxaqueca, dor ( em metade do crâneo).
Hemiparesia - fraqueza muscular em um lado do corpo.
Hemiplegia - paralisia de metade do corpo; paralisia dos MMII.
Hemocultura - cultura de sangue através de técnicas laboratoriais.
Hemodiálise - extração de substâncias tóxicas contidas em excesso no sangue mediante difusão através de uma membrana semi-permeável.
Hemofílico - doença congênita na qual a pessoa esta sujeita a hemorragias freqüentes, por deficiência de coagulação.
Hemoftalmia - hemorragia no olho.
Hemoglobina - pigmentos de glóbulos vermelhos, destinados a fixar o oxigênio do ar e levá-los aos tecidos.
Hemólise - destruição dos glóbulos vermelhos do sangue.
Hemoptise - hemorragia de origem pulmonar,escarro com sangue; hemorragia que provém dos órgãos respiratórios e passa pela glote.
Hemorragia - sangramento, escape do sangue dos vasos sanguíneos.
Hemostasia - processo para conter a hemorragia, coagulação do sangue.
Hemotórax - coleção de sangue, na cavidade pleural; derrame sanguíneo no interior do tórax.
Hemurese- eliminação de urina sanguinolenta; hematúria.
Hepatalgia - dor no fígado.
Hepatectomia- excisão de porção do fígado.
Hepatite - inflamação do fígado.
Hepatoesplenomegalia- aumento do volume do fígado e do baço.
Hepatoma – tumor do fígado.
Hepatomegalia - aumento do volume do fígado.
Hepatopatia- doença do fígado.
Herpes - infecção por um vírus com erupção de pequenas vesículas com base avermelhadas e causando forte dor.
Heteroinfecção - infecção por germes vindo do exterior.
Heteroplástia - enxerto de tecidos de outras pessoas.
Hidrâmnio - excesso de líquido amniótico.
Hidratado - com água.
Hidrocefalia - aumento anormal da quantidade de líquidos na cavidade craniana.
Hicrocele- coleção de líquido na túnica vaginal do testículo ou ao longo do canal espermático
Hidruxia - urina excessiva e com baixa densidade, quase aquosa.
Hiperalgesia - excesso de sensibilidade á dor; sensibilidade exagerada á dor.
Hipercalcemia - quantidade excessiva de cálcio no sangue.
Hipercapnia - excesso de gás carbônico no sangue.
Hiperêmese - vômito excessivo.
Hiperglicemia - excesso de glicose no sangue.
Hiperpirexia - febre muito alta, acima de 40 graus C.
Hiperpnéia - respiração anormal, acelerada, com movimentos respiratórios exagerados.
Hipersônia - sonolência excessiva.
Hipertensão - aumento da pressão arterial.
Hipertricose - excesso de pêlos, ou sua localização anormal.
Hipertrofia - aumento anormal de um órgão ou tecido.
Hipoestesia - diminuição da sensibilidade.
Hipofixia - falta de oxigênio.
Hipomenorréia- menstruação escassa.
Hipotensão - baixa pressão arterial.
Hipotonia - tonicidade muscular diminuída.
Hipoxemia- diminuição da concentração de oxigênio no sangue; hipóxia.
Histerectomia – retirada, extirpação do útero.
Histeropexia - operação para fixar o útero.
Hirsutismo- crescimento de pêlos na mulher, obedecendo ao tipo e à distribuição masculinos.
Homolateral - do mesmo lado.


I

I.A.M - infarto agudo do miocárdio.
I.C.A - isquemia coronária aguda.
Icterícia - coloração amarelada da pele e mucosa.
Impetigem – afecção cutânea inflamatória, caracterizada pelo aparecimento de pústulas isoladas.
Impingem – denominação ainda conservada às alergoses cutâneas.
Inapetência - falta de apetite, anorexia.
Incisão- ato de incisar ou cortar; abertura cirúrgica.
Incontinência- impossibilidade de evitar a evacuação dos intestinos e/ou bexiga.
Indolor - sem dor.
Ingestão - ato de engolir, alimentos ou outras substancias.
Inguinal - relativo á virilha.
Insônia - falta de sono, impossibilidade de dormir.
Intra - dentro.
Intranasal - dentro da cavidade nasal.
Intra-ósseo - dentro do osso.
Invaginação- penetração de parte de um órgão dentro de outro.
Involução – volta, regressão.
Isocoria- estado normal das duas pupilas, que apresentam a mesma dimensão.
Isquemia - insuficiência local de sangue.
Isquialgia - dor no quadril.


J
Jejum- privação de alimentos, abstinência; estômago vazio.
Jejuno - a segunda porção do intestino delgado.
Jejunostomia - ligação cirúrgica do jejuno ao abdômen, formando uma abertura artificial.
Jugular - referente ao pescoço.
Justa-articular – próximo á articulação, juntarticular.



L


Lábio leporino – malformação congênita por fechamento incompleto da fenda bucal embrionária.
Labirintite – inflamação do labirinto (ouvido interno).
Lacerar – dilacerar, rasgar; romper.
Lactante- que dá ou produz leite.
Lagoftalmo- alteração em que o olho não pode ser fechado completamente, devido a paralisia do orbicular das pálpebras.
Lalação- balbuciação de crianças quando começam a falar. É a fase pré-linguísitca da criança.
Lânguido – debilitado, fraco, débil.
Laparoscópio - endoscópio para exame da cavidade abdominal.
Laparotomia - incisão do abdômen.
Laparotomia exploradora – abertura da cavidade abdominal párea verificar alterações de vísceras, não-diagnosticadas por recursos clínicos.
Laqueação- ação de amarrar um fio ao redor de um vaso sanguíneo, a fim de impedir a circulação de sangue através dele, ou a sua saída através das extremidades cortadas.
Laringite- inflamação da laringe.
Latência- período silencioso entre o estímulo e a resposta; fase da doença infecciosa entre a penetração do germe e o aparecimento dos sinais de sua atividade no organismo; incubação.
Lesão – alteração patológica de qualquer órgão ou tecido; alteração na estrutura ou na atividade funcional de um órgão ou tecido, determinada por doença ou traumatismo.
Leucocitose – aumento do número de leucócitos, acima do normal.
Leucorréia- corrimento vaginal simples.
Lienteria - diarréia de fezes líquidas contendo matéria não digerida.
Linfanite- inflamação de um vaso.
Lipoma- tumor de gordura, tumores indolores que se formam no tecido subcutâneo de natureza benigna.
Lipotímia - desmaio ligeiro com perda dos sentidos.
Litíase- formação de cálculos nos tecidos ou órgãos.
Litotomia - abertura da bexiga para retirada de cálculos.
Lofotriquia- presença de um tufo de cílios ou cabelos em um pólo.
Logorréia- afluxo de palavras, com necessidade irresistível de falar; abundância de palavras; incontinência verbal.
Lombalgia- dor na região lombar.
Loxoftalmia- estrabismo.
Lucidez – clareza, razão clara.
Luxação- separação das superfícies óssea de uma articulação.
 
M
Mácula - mancha rósea da pele sem elevação.(com elevação é pápula).
Madarose- perda das pestanas e sobrancelhas.
Mamectomia- amputação da mama.
Marca passo - aparelho elétrico(a pilha) que se implanta perto do coração para regular os impulsos destes, quando o nódulo sinoventricular não funciona normalmente.
Mastalgia - dor no seio.
Mecônio- conteúdo intestinal de cor azeitona escura,eliminada pelo feto nos primeiros dias de vida.
Meato - abertura.
Melanúria- eliminação de urina escura.
Melena - fezes escuras e brilhantes, com presenças de sangue.
Melena - hemorragia pelo ânus em forma de borra de café, é o sangue que vem do estômago ou duodeno e sofreu transformações químicas.
Menarca -primeira menstruação
Menorralgia- hemorragia menstrual.
Metralgia – dor no útero.
Metrorragia - sangramento fora do período menstrual.
Mialgia – dor muscular.
Miíase - presença de larvas de moscas no organismo.
Miastemia - fraqueza muscular.
Micção - ato de urinar, expulsão de urina da bexiga pela uretra.
Mictúria - micção freqüente á noite.
Midríase - dilatação da pupila.
Miose - contração da pupila.
Mórbido- relativo à doença.



N

Náusea - enjôo, vontade de vomitar; desconforto gástrico com impulsão para vomitar.
Necrose - morte dos tecidos localizados, de uma região do corpo.
Nefrectomia- retirada cirúrgica do rim.
Nefrite- inflamação do rim.
Nefro -Prefixo que indica "rim".
Neo - neoplasia, câncer.
Neógala- primeiro leite após o parto; colostro.
Neoplasia- neoformação, produção de tecido diferente do normal em determinado órgão; tumor maligno; neoformação patológica.
Neurastemia - esgotamento nervoso, depressão, cansaço facial.
Neurite- inflamação do nervo.
Nictalopia - cegueira noturna.
Nictúria - micção freqüente á noite.
Notalgia - dor na região dorsal.

O

Obeso - gordo.
Obstipação - constipação rebelde, prisão de ventre.
Obstrução - bloqueio de uma canal.
Odinacusia- audição dolorosa.
Odinofagia- deglutição dolorosa dos alimentos.
Odontalgia - dor de dentes.
Oftalmia- inflamação do olho; conjuntivite.
Oligomenorréia - menstruação insuficiente.
Oligúria - deficiência de eliminação urinaria "escassez" ou diminuição da quantidade de urina.
Omalgia - dor no ombro.
Onicofagia- hábito de roer as unhas.
Onicomicose- doença ou deformidade da unha decorrente de infecção micótica.
Ooforectomia- excisão do ovário.
Ortopnéia - acentuada falta de ar em decúbito dorsal.
Otalgia - dor de ouvido.
Otite- inflamação do ouvido.
Otopatia- afecção do ouvido.
Otopiose- afecção supurativa do ouvido.
Otorragia – hemorragia do ouvido.


P

P.A - pressão arterial.
P.G - paralisia geral.
Palpitação - batimento rápido do coração despertando sensação da existência deste órgão.
Panículo adiposo- camada subcutânea rica em tecido gorduroso.
Panturrilha - barriga da perna.
Paralisia - diminuição ou desaparecimento da sensibilidade e movimentos.
Paraplegia- paralisia das pernas e proções inferiores do corpo com distúrbio da movimentação e da sensibilidade.
Parenteral - por via que não é a bucal.
Paresia - paralisia ligeira ou incompleta.
Parestesia - alteração da sensibilidade, desordem nervosa, com sensações anormais.
Patela - rótulo, osso do joelho.
Períneo- espaço ou área entre o ânus e os órgãos genitais.
Periósteo- membrana fibrosa que envolve o osso.
Pélvis ou Pelve - bacia óssea, constituída pelos ossos ilíaco e sacro.
Perspiração - sudorese.
Petéquias - pequenas hemorragias puntiformes.
Piêmese- vômito de matéria purulenta.
Pirexia- febre.
Pirose - azia, fermentação ácida com sensação de calor no estômago; sensação de ardência do estômago á garganta.
Piúria - presença de pus na urina.
Plenitude gástrica - sensação de estufamento.
Podialgia - dor no pé.
Polagiúria - eliminação freqüente de urina.
Polaquiúria - micções freqüentes e em pequenas quantidades.
Polidipsia - sede excessiva.
Polipnéia - respiração rápida e ofegante.
Poliúria - aumento da quantidade de urina; excessiva eliminação urinaria.
Posição de fowler - posição semi sentada que se obtém com cama articulada ou com auxilio de travesseiros.
Posição de trendelemburg - com os´pés em nível mais alto que a cabeça.
Precordial - relativo á área torácica que corresponde ao coração.
Proctalgia - dor no reto.
Proctorralgia - hemorragia retal.
Proctorréia - evacuação do muco pelo ânus.
Prolapso - queda de órgãos ou víscera ou desvio de sua posição natural devido ao afrouxamento físico.
Prostração - exaustão, grande estafa.
Prurido - coceira intensa.
Ptialismo - hipersecreção salivar.
Ptose palpebral - queda da pálpebras.
Ptose - perda da posição original ou queda de um órgão interno.
Pulso cheio - o que da a sensação de artéria cheia.
Pulso filiforme - pulso mole e muito pequeno.
Pulso intermitente - pulso em que algumas pulsações não são percebidas pela mão que o apalpa.
Pus icoroso -pus ralo.
Pústula - vesícula cheia de pus.



Q

Quadriplegia - paralisia das duas pernas e dos dois braços.
Queilose - afecção dos lábios e dos ângulos da boca.
Quelóide - excesso de tecido conjuntivo na cicatriz, que fica exuberante.
Quérquera- acesso de febre com calafrios.
Quilalgia- dor nos lábios.
Quilite- inflamação dos lábios, boqueira.
Quilofagia- hábito de morder, constantemente, os lábios.
Quiloncose- tumor do lábio.
Quimioterapia- emprego de substâncias no tratamento de doenças, as quais atuam contra os germes patogênicos, sem exercer danos no paciente.
Quiralgia- dor nas mãos.
Quiromegalia- aumento do tamanho das mãos.
Quisto- cavidade fechada onde se acumulam secreções que, anormalmente, não podem escoar-se.
 
R

Rádio - o osso externo do antebraço.
Raquialgia- dor em qualquer parte da coluna vertebral.
Raquianestesia- método de anestesia por introdução de anestésicos no canal raquidiano.
Raquitismo- perturbação no metabolismo dos ossos em desenvolvimento, geralmente acompanhada por deformação da coluna vertebral, dos ossos dos membros e do tórax.
Redução - colocação dos fragmentos ósseos na posição normal.
Reflexo - contração muscular, resposta involuntária a um estimulo.
Regurgitação - volta de comia do estômago á boca.
Retenção urinária- incapacidade de eliminar a urina.
Retenção - incapacidade de eliminar.
Rinirragia - hemorragia nasal.
Rinorréia - coriza, descarga mucosa pelo nariz.

S

Safenas - nome de duas grandes veias do membro inferior.
Sânie - secreção fétida de uma úlcera.
Secreção - produto de uma glândula.
Sialorréia - salivação excessiva.
Sialosquiese - salivação deficiente (boca seca).
Sibilante - semelhante á assobio.
Sibilo- ruído respiratório soprante de certos tipos de estertores pulmonares, como na asma e bronquite.
Síncope- perda temporária de consciência devido á má perfusão sanguínea cerebral; desmaio, delíquio.
Sinusite- inflamação dos seios paranasais.
Sublingual - abaixo da língua, é uma das vias de administração de medicamentos.
Sopor- sono profundo; coma; sono comatoso.
Sudorese- transpiração, sudação profunda.
Sudorréia – sudação excessiva, hiperidrose, transpiração em excesso.
Supuração - formação de pus.
Supuração - formação de pus.


T

Talalgia - dor no calcanhar.
Taquicardia - aceleração dos batimentos cardíacos.O normal é entre 72 e 80.De 200 em diante o pulso se torna incontável.
Taquipnéia - aumento de freqüência dos movimentos respiratórios.
Tarsalgia - dor no pé.
Tarso -tornozelo.
Tenalgia - dor no tendão.
Tendinite- inflamação de tendão ou na inserção entre o tendão e o músculo.
Tenesmo- esforço doloroso para urinar ou defecar.
Tetalgia - dor no bico do seio.
Tetraplegia - paralisia dos quatros membros.
Tricorrexe- doença caracterizada pela queda fácil dos cabelos ou pêlos, à menor tração.
Trombose- formação ou presença de trombos; coagulação do sangue no interior dos vasos.



U

Úlcera varicosa - ulceração da parte inferior da perna devido a redução no suprimento do sangue.
Úlcera - necrose gradual e/ ou do tecido, com perda de substância.
Ulceração - formação de úlceras.
Ulorragia - hemorragia gengival.
Ureteralgia dor - no ureter.
Uretralgia - dor na uretra.
Urina residual - urina que permanece na bexiga após a micção.Mede-se mediante cateterismo.
Urticária - erupção eritematosa da pele com prurido.


V

Vaginite- inflamação da vagina, geralmente acompanhada de dor, prurido e corrimento.
Vasoconstricção - contração dos vasos com estreitamento de seu cana ou luz.
Vasodilatação - dilatação dos vasos sanguíneos.
Venóclise- injeção de líquido terapêutico ou nutritivo em uma veia.
Vertigem - distúrbio neuro vegetativo, tontura.
Vesículas - bolhas.

X
Xantorréia - corrimento vaginal amarelo,acre e purulento.
Xerodérmia - secura da pele.
Xeromicteria - falta de umidade nas vias nasais.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTEIRA, O – Termos e expressões da prática médica. Farmoquímica, 2001. Rio de Janeiro, RJ.

FARIA ALVIM, C. – vocabulário de termos psicológicos e psiquiátricos; Publicação da Imprensa Oficial para a sociedade Pestalozzi de Minas Gerais; 1971, belo horizonte, MG.


FORTES, H & PACHECO, G. – dicionário Médico; 1º edição, 1968, editor Fábio M de Mello, Rio de Janeiro, RJ.


Site: www.soenfermagem.com.br/termologias, visitado em 12/01/2004.